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Pediatra explica os cuidados que deve-se tomar com a saúde das crianças

Da Redação - Stéfanie Medeiros

O dia das crianças é comemorado neste domingo (12), mas a saúde dos pequenos deve ser uma prioridade durante o ano inteiro. O acompanhamento médico deve iniciar antes mesmo do nascimento, durante o pré-natal. Já na primeira consulta do bebê, a criança realiza o Teste do Pezinho, para a detecção precoce de possíveis doenças. A partir disso, inicia o check-up infantil que deve ser feito com ainda mais carinho e atenção, pois uma criança saudável será um adulto saudável.

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De acordo com Natasha Slhessarenko, pediatra do laboratório Cedic Cedilab, a idade ideal para que a criança inicie a realização periódica de exames depende do histórico familiar, hábitos de vida e dos sintomas que ela apresenta. No entanto, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a realização do hemograma em todos os bebês de 9 a 12 meses, idade de grande vulnerabilidade de anemia por carência de ferro.

“Além disto, assim que a criança começa a andar, é recomendada também a coleta de fezes, para verificar a presença de parasitose intestinal (vermes), muito comum no Brasil. Estes parasitas causam sintomas como dores de barriga e diarreia, além de impactar no ganho de peso da criança”, explica a médica.

Segundo a especialista, a Sociedade de Cardiologia Pediátrica também sugere a realização do perfil lipídico nas crianças a partir dos 10 anos, mas em alguns casos o cuidado deve ser antecipado. “Hoje em dia, com a grande quantidade de crianças obesas, ou histórico familiar de doenças cardiovasculares, temos procurado fazer este exame antes. Dependendo do caso, também realizamos exames de glicemia e hemoglobina glicada, para diagnosticar possível pré-diabetes”, reforça. 

Atendimento especializado

Entre os preparos necessários para a coleta de sangue e realização de exames nos pequenos, está um tratamento mais humanizado. “Até o período de jejum deve ser reduzido. Dos primeiros meses aos cinco anos tentamos reduzir o tempo de jejum para duas ou três horas. Lembrando que hoje em dia a maioria dos exames nem precisam mais desta pausa”, afirma a pediatra.

Para Slhessarenko, todo o ambiente no laboratório para as coletas infantis deve ser diferenciado para que os pacientes mirins se sintam confortáveis, seguros e mais tranquilos, e para que, distraídas, não pensem no medo da agulha. “O ambiente deve ser colorido, decorado e com muitos brinquedos. Pensando nisso, as nossas mega-unidades, na Barão e no Jardim das Américas, contam com uma sala de coleta exclusiva infantil”, exemplifica a médica.

Além do ambiente, o espaço de atendimento infantil conta com profissionais experientes, que já trabalharam em área pediátrica e possuem habilidade para realizar a coleta menos invasiva possível. “Ao final de cada exame, a criança recebe um kit com lanchinho e balão, além de um certificado de coragem. Precisamos incentivar a medicina preventiva desde cedo, para isso, eles devem ser estimulados a ter hábitos de vida saudáveis”, conclui.
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