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Suspeitas de tortura no litoral devem responder por formação de quadrilha

G1

A Delegacia da Mulher em Praia Grande, no litoral de São Paulo, segue investigando o caso de um vídeo em que duas mulheres aparecem sendo torturadas. Após uma das suspeitas confirmar que participou das agressões e a polícia conseguir identificar os outros envolvidos no episódio, a delegada Rosemar Cardoso Fernandes espera ouvir mais cinco suspeitas em breve – três foram intimadas e duas devem se apresentar ao lado de um advogado, para depoimento nesta quinta-feira (16).

Dos sete supostos agressores, um é homem e seria, inclusive, o responsável pela gravação das imagens em que as jovens são espancadas e têm os cabelos cortados. Além disso, já se sabe que uma das suspeitas é menor de idade.

Segundo a delegada, todos os supostos envolvidos nas agressões devem responder por formação de quadrilha, cárcere privado, sequestro e tortura.

Com relação às vítimas, elas já foram identificadas, mas os seus nomes ainda não foram revelados. As duas não se apresentaram para registrar Boletim de Ocorrência, e tampouco foram localizadas pela polícia. "Precisamos que elas se apresentem, para esclarecermos alguns pontos importantes do caso e apontarmos as participações de cada uma das suspeitas no crime", conclui Rosemar.

O caso
Um novo vídeo mostrando jovens sendo agredidas e torturadas por outras mulheres, no litoral de São Paulo, foi divulgado por uma das agressoras pelas redes sociais. Assim como no caso em que Elisângela Fernandes Maciel, de 22 anos, é suspeita de ter torturado uma adolescente, esse outro crime também foi motivado por uma suposta traição.

Na gravação, um grupo de mulheres agride tanto verbal quanto fisicamente duas jovens. Elas recebem tapas, socos, são xingadas e têm o cabelo cortado. No fim do vídeo, a amiga é obrigada a agredir a outra vítima, que pede a interrupção da sequência de socos alegando estar grávida.

Segundo informações preliminares, o vídeo teria sido gravado no mês de setembro, mas só acabou vindo à tona cerca de um mês depois, após ter sido divulgado pelas redes sociais.

A delegada Rosemar Cardoso Fernandes destaca que policiais civis já encontraram uma das supostas agressoras, que confessou participação no crime. “Em diligência, uma das nossas equipes localizou essa suspeita. Ela admitiu que estava na casa e confessou ter participado das agressões”, diz.

A suspeita que se apresentou o fez sem a presença de um advogado para o seu depoimento, mas não pôde ser presa por não ter sido detida em flagrante pela polícia.

 
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