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Mulher dá à luz em estacionamento de supermercado no DF; veja vídeo

G1

Uma mulher deu à luz na manhã deste sábado (25) dentro de um carro no estacionamento de um supermercado na Asa Sul, em Brasília. Ela estava a caminho do hospital quando começou a sentir as contrações. A filha nasceu poucos minutos depois.
 

Moradora de Cidade Ocidental, em Goiás, a atendente de drogaria Leidiane Alves Batista estava a caminho do Hospital Materno-Infantil (Hmib), onde estava previsto o parto. Quando o carro passou na região do Setor de Mansões Dom Bosco, as dores começaram a aumentar.

O marido dela, o serralheiro Murilo Santos da Hora, parou o veículo e começou a pedir ajuda. “Estava indo para o hospital. Parei o carro na beira do trânsito mesmo, na subida da [quadra] 23. Dali a pouco, minha filha já nasceu. Foi muito rápido”, diz o pai. “Fiquei tão angustiado, não sabia o que fazer, fiquei ali segurando a mão da minha mulher, nem percebi quem ajudou na hora.”
 

Uma das pessoas que ajudaram no parto foi a design de joias Daniele Weyne, de Brasília. Ela diz que se aproximou do local achando que se tratava de um assalto. “Fui lá e vi que era uma criança que estava nascendo. A avó gritava histérica. Já tive dois partos normais, disse a ela que ficasse calma, ‘é só segurar o bebê aqui’. Aí ela ficou mais calma e [a criança] nasceu. Eu só segurei para não cair.”

Ela afirma que ficou pouco tempo no local. “Depois chegou médico, enfermeira. Colocamos o bebê enriolada em uns paninhos que um rapaz estava vendendo, tudo limpinho. Aí eu fui embora”, diz Daniele.

A médica Cintia Mendes Clemente, especialista em gastroenterologia e professora da Universidade de Brasília (UnB), também estava no local e ajudou a mãe após o parto. Segundo ela, a criança passava bem.

“Eu dei apenas uma assistência. Estava na mercearia, um senhor pediu um médico para uma emergência, não falou que era um parto. Vi gente ao redor, a moça deitada no banco do carro. Quando cheguei, já tinha nascido. Disse que era para aquecer a criança e levar para o hospital”, diz a médica.

O cordão umbilical só foi cortado no hospital, segundo Cintia. A médica disse que fez a opção para diminuir o risco de uma infecção.

A menina vai se chamar Lais. "Eu ouvi dizer que uma moça que ajudou se chamava Vitória. Se for isso mesmo, minha filha vai ser Lais Vitória Alves Santos da Hora", afirmou Murilo da Hora.

G1 procurou a Secretaria de Saúde para saber peso, altura e estado de saúde da criança e quadro clínico da mãe, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.

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