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Notícias / Informática & Tecnologia

Participantes do Geração Selfie contam como escolheram a carreira

G1

O que você queria ser quando era criança? Esse sonho se realizou? Cinco jovens de 17 e 18 anos que estão vivendo seus dias de vestibulandos deram uma pausa nos estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para contar ao G1 sobre essa etapa de transição entre a adolescência e a vida adulta. Há poucos anos, eles queriam ser ginastas, pilotar avião ou estudar veterinária. Será que isso mudou? Confira no vídeo acima o que eles decidiram cursar na faculdade.

Conheça mais sobre cada um dos participantes:

MOISES
Os pais de Moises Maciel o incentivaram a se tornar piloto de avião quando ele era criança, mas, neste ano, ele diz que decidiu tentar a carreira de médico. "Gosto muito de aprender sobre metabolismo e essas ciências do corpo", explicou o adolescente de 17 anos, da Zona Leste de São Paulo.

Estudante de escola pública, ele diz que pretende neste ano disputar vagas nos cursos de medicina das universidades estaduais paulistas e em federais, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Se conseguir, Moises será o primeiro da família a ingressar no ensino superior. "Eu acho que é uma quebra de um paradigma da minha família", disse ele. Para se preparar, Moises tem dedicado todas as horas livres aos estudos. "Eu prefiro estudar em casa, porque aí posso usar a internet, para assistir a vídeo-aulas."

KAREN
Primeira da família próxima a prestar vestibular, Karen Uehara, de 18 anos, está fazendo cursinho pré-vestibular e já tinha uma carreira definida, mas acabou mudando de ideia no segundo semestre. "Eu no começo do ano queria muito fazer arquitetura, mas eu mudei pra design", disse a jovem, que faz cursinho à tarde e estuda nas horas livres.

Karen explica que sempre gostou de desenhar e queria seguir uma carreira aliada à sua paixão. Mas, depois de conhecer mais sobre arquitetura, percebeu que ela não tinha a ver com o traço do seu desenho e, por isso, ela preferiu uma profissão menos estável e rentável, mas que a satisfizesse mais. "No começo importava bastante, mas depois eu falei: 'velho, é um negócio que eu vou fazer o resto da vida, por que vou ficar me importando tanto com salário?' Aí resolvi seguir em frente com design."

INGRID
A adolescente da Zona Sul de São Paulo já quis seguir muitas profissões na vida, até manicure. Mas, apaixonada por teatro, Ingrid Grandini, de 17 anos, sempre nutriu o sonho de estudar artes cênicas e ser atriz, como algumas artistas que idolatra e para quem até mantém fã-clubes na internet. A decisão de seguir a carreira, porém, só veio no ano passado, em uma conversa sincera com seu padrasto.

"Eu resolvi mesmo que ia fazer artes cênicas no fim do ano passado, quando meu padrasto estava me levando pra prestar a Fuvest. Aí ele falou assim: 'Você já sabe o que você quer o ano que vem?' Aí que falei assim: 'Não, porque ninguém me apoia'. Aí eu cheguei em casa e ele disse que, a partir daquele dia ele me apoiava. Eu falei 'então é isso que eu vou fazer'", lembrou ela.

RODRIGO
Em 2013, o estudante paulista Rodrigo Falsetti já tinha planos traçados para a faculdade e a carreira: ele foi aprovado no curso de ciências aeronáuticas em uma universidade especializada na área da Flórida, nos Estados Unidos. Mas um pneumotórax (um acúmulo anormal de ar no pulmão) fez com que ele tivesse que escolher entre fazer uma cirurgia para tentar resolver o problema ou desistir de pilotar aviões.

"Eu só poderia ser piloto, se fizesse ciências aeronáuticas. E se desse qualquer problema de novo com meu pulmão eu não posso pilotar. Então eu achei melhor fazer outro curso que não ciências aeronáuticas, e voltar mais pra área administrativa da aviação", explicou o jovem, que agora vai tentar uma vaga em engenharia de produção ou em economia.

RENATA
Aos 12 anos, Renata Silva levou um susto logo após começar a praticar ginástica artística, pois que um problema no joelho levou os médicos a desconfiarem que ela podia ter um câncer. Depois de passar por vários exames, o diagnóstico felizmente se provou falso, mas a experiência da adolescente com os médicos a levou a se encantar pela medicina. Para ela, os cuidados com os pacientes e a devoção dos profissionais da área são dignas de admiração, e ela decidiu seguir o mesmo caminho.

Estudante de uma escola técnica (Etec) de São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo, ela afirma, porém, que só descobriu seu potencial para realmente sonhar com a carreira no ensino médio. "Como eu sou de escola pública, a gente não tem a mínima ideia de que você que é pobre, você que é do Estado, tem capacidade de entrar na faculdade", explicou ela.
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