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Navio de país com epidemia de ebola é inspecionado na costa do AP

G1

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou a inspeção no navio de bandeira holandesa Clipper Alba, que partiu da Libéria, na África, com destino ao Amapá. Ele chegou na noite de terça-feira (11) e está ancorado no porto de Santana, a 17 quilômetros de Macapá. O navio de carga está sendo monitorado desde 4 de novembro quando deixou a cidade de Bhuchanan, no país do leste africano, por causa da incidência do ebola na região, que ainda vive estado de emergência da doença.

A vinda do cargueiro para o Brasil deixou em alerta os práticos que vão conduzir o navio do Amapá até o destino final, em Itacoatiara, no Amazonas. Os trabalhadores querem o cumprimento da quarentena de 21 dias no navio para poderem continuar a viagem.  O período compreende a incubação do vírus ebola antes da aparição dos primeiros sintomas no infectado.

De acordo com o chefe substituto da Anvisa no Amapá Claudemir Brito, os agentes da vigilância fazem a inspeção através de questionários, entrevistas e verificação do quadro clínico de saúde dos tripulantes do cargueiro. O período de quarentena não será seguido, conforme garantiu.

“Esse procedimento faz parte do protocolo. Somente depois que a gente considerar normal a condição da embarcação e dos tripulantes, demais órgãos e os práticos poderão subir a bordo”, explicou, acrescentando que durante a viagem da Libéria até o Amapá, nenhuma eventualidade foi identificada durante contatos realizados a cada 12 horas com o navio.

O comandante da Capitania dos Portos no Amapá Lúcio Marques disse que o navio poderá seguir viagem até o Amazonas somente com a emissão do termo de liberação apontando a viabilidade de continuar o percurso. O documento é expedido pela Anvisa.

“A vigilância inspeciona, mas nós autorizamos a continuação, com o termo assinado pela Anvisa”, reforçou o comandante.

Histórico
Esse é o segundo caso de navio vindo de áreas com ebola que chega ao Amapá. O primeiro aconteceu em outubro, quando um navio que partiu da Guiné, na África, com destino a Santarém, no Pará, foi alvo de inspeção da Anvisa, em Macapá. Os agentes também buscavam indícios de ebola.

A continuação da viagem, no entanto, foi cancelada pela própria empresa que contratou o navio. A medida foi justificada para “tranquilizar a população paraense”.
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