Tragédia ocorreu no município de Cruzeiro do Sul nesta quarta-feira (19).
Garoto teria usado uma arma de fabricação caseira para tirar a própria vida.

Um garoto de apenas 17 anos cometeu suicídio na frente da própria mãe no município acreano de Cruzeiro do Sul, nesta quarta-feira (19). A tragédia ocorreu na casa da família, localizada no Bairro Remanso. O menino usou uma arma de fogo calibre 32, que seria de fabricação caseira, para tirar a vida. O pai dele, que estava no município vizinho de Rodrigues Alves, ficou abalado ao saber da notícia e sofreu um acidente de moto quando estava a caminho de Cruzeiro do Sul.

Segundo Flávio Rosas, diretor da Escola Craveiro Costa onde a mãe do garoto dá aulas e onde a vítima estudava, relata que a professora contou que ele já vinha dando sinais de que estava passando por problemas emocionais há algum tempo.

"Ela contou que ele tinha terminado com a namorada e ficado muito triste. Depois eles teriam voltado, e ele reclamou que o namoro já não era mais o mesmo e que, por isso, pretendia tirar a vida dele e de sua namorada", diz.

Rosas conta que a mãe do menino está em choque com o que aconteceu e relatou ter visto o momento em que o filho cometeu suicídio, sem poder fazer nada para impedir. "Ela contou que foi tomar banho e ele ficou se arrumando para ir à escola. Depois ele a chamou no quarto e quando ela entrou, ele já estava com a arma encostada na barriga e atirou. Não deu tempo de impedir, o tiro pegou no tórax", diz.

O diretor disse ainda que o pai estava no município de Rodrigues Alves e quando soube, pegou uma moto e seguiu em direção a Cruzeiro do Sul. "Ele ficou tão nervoso que sofreu um acidente no meio do caminho e teve que ser levado para o Hospital do Juruá. Ele está sedado e sofreu escoriações pelo corpo", explica.

O velório do garoto ocorre na residência da família. Os familiares ainda estão definindo onde será o enterro.

Rosas informou que a Escola Craveiro Costa está de luto e só volta às suas atividades na sexta-feira (21). "Assim que soubemos da notícia paralisamos as atividades na escola e estamos todos muito tristes pelo ocorrido", finalizou.

O G1 entrou em contato com a Delegacia Geral do Município de Cruzeiro do Sul, por telefone, e foi informado que o caso estaria sendo investigado pela Delegacia do Menor, mas lá foi informado que o caso também não está sendo investigado pela unidade.