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Sob protestos e com chance de assumir AL, Fabris insiste em vaga no TCE

Da Redação - Lucas Bólico

O suplente de deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), que está em exercício na vaga do licenciado José Domingos Fraga (PSD), não quer saber de outra coisa a não ser uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Nem recentes protestos contra sua indicação e a chance de assumir pelos próximos quatro anos a vaga de deputado estadual, em um acordo que levaria Fraga ao TCE, o fizeram arrefecer.

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Fabris trabalha fortemente para conseguir o posto de conselheiro, que deve ser indicado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso, na vaga a ser aberta por Humberto Bosaipo. Nos últimos dias fez um próprio dossiê de 34 páginas para provar que preenche todos os requisitos necessários para a cadeira, inclusive com “notório saber e experiência”. Um dos argumentos de Fabris, que consta do documento, é o fato de ele ter concorrido na eleição passada, com candidatura homologada pela Justiça Eleitoral, o que significa que ele é “ficha limpa”.
 
Gilmar Fabris ficou com a primeira suplência do PSD na Assembleia Legislativa, com uma diferença de apenas 38 votos para o quarto deputado eleito pela legenda, Pedro Satélite. Nas últimas horas, foi ventilada uma suposta amarração que conduziria Fraga ao TCE, com o aval dos deputados estaduais, trazendo Fabris para a vaga de deputado para nos próximos quatro anos. Gilmar, no entanto, recusa a proposta e almeja o cargo vitalício no Tribunal de Contas.
 
Outro obstáculo para Fabris garantir sua cadeira de conselheiro tem sido a rejeição ao seu nome por setores da sociedade, que na última terça-feira fizeram um ato de um abraço simbólico ao prédio do TCE (veja aqui), pedindo mudanças nos critérios de escolha para o cargo no Tribunal de Contas. Neste caso, a estratégia de defesa do parlamentar foi o ataque. No dia seguinte ao ato, ocupou a tribuna da assembleia (veja aqui) e chamou de ‘marajás’ servidores que liderariam o movimento contra seu nome e  convocou uma coletiva de imprensa (veja aqui) para ‘explicar sua inocência’ no caso que ficou conhecido como “cartas marcadas”.

Além de Gilmar Fabris e José Domingos Fraga, aparecem como prováveis candidatos à vaga a candidata derrotada na disputa ao governo de Mato Grosso, Janete Riva (PSD) e até mesmo o governador Silval Barbosa (PMDB), cujo mandato se encerra em 31 de dezembro. O conselheiro Humberto Bosaipo está impedido pela Justiça de se aposentar (veja aqui), mas pode renunciar ao cargo, abdicando dos benefícios da aposentadoria, abrindo assim uma nova vaga.
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