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Serra Leoa fica para trás no combate ao ebola, mas prognóstico é "muito bom"

Reuters

Serra Leoa ainda não tem leitos suficientes nos centros de tratamento para isolar pacientes infectados com ebola, mas no geral, o surto da doença está sendo contido, afirmaram a Organização das Nações Unidas e a Organização Mundial da Saúde nesta segunda-feira (1º).

"A resposta global à crise do ebola conseguiu reverter esta crise", disse o chefe da Missão de Resposta de Emergência da ONU ao Ebola, Anthony Banbury, a jornalistas em Freetown. "Mas é claro que há lugares que ainda estão em grave crise."

O diretor-geral adjunto da OMS, Bruce Aylward, afirmou que bem poucos leitos estão disponíveis em Serra Leoa, acrescentando que a disseminação geográfica do ebola na Guiné, onde muitos leitos de tratamento estão concentrados em poucos centros, era "uma preocupação real".

Mas o prognóstico para Serra Leoa, que vai abrir muitas novas instalações nas próximas semanas, é "muito bom", disse ele.

Dois meses atrás, a ONU estabeleceu uma meta de ter 70 por cento das vítimas de ebola enterrados de forma segura e 70 por cento dos pacientes tratados em leitos de isolamento dentro de 60 dias. Estes dois objetivos são considerados importantes para conter a propagação da epidemia.

Guiné e Libéria atingiram ambas as metas, mas algumas áreas em Serra Leoa ainda não conseguiram, o que, segundo Aylward, sugeria que a propagação da doença continuava nestas regiões.

David Nabarro, que lidera a missão de resposta da ONU para a epidemia de ebola, disse que a doença estava "recuando em alguns distritos e aumentando em outros. A distribuição muda de semana a semana. E a situação pode piorar de forma inesperada."

"Nosso objetivo fundamental é tentar se certificar de que o ebola realmente desapareça e não se torne uma realidade de vida das pessoas na África Ocidental ou de qualquer outro lugar do mundo", disse ele.

A OMS disse nesta segunda-feira que 5.987 pessoas morreram de ebola nos três países da África Ocidental mais afetados pela epidemia: Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Esses países possuem dados não confiáveis. A Libéria, por exemplo, adicionou erroneamente 1.000 óbitos nos números mais recentes publicados no fim de semana.

 
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