O jovem de 23 anos, que é suspeito de matar seis pessoas na Grande São Paulo, disse que matar moradores de rua “é menos grave” porque eles não contribuem com o sistema, pois não pagam impostos. Das seis vítimas, cinco foram decapitadas.

Em vídeo do depoimento, Jhonatan Lopes Santana alega que precisava matar por algum motivo que ele desconhece.

— Não tenho vontade de matar. Eu não sinto prazer em matar ninguém.
Questionado, o jovem confirma que assistia a muitos filmes de guerras. Ele ainda afirma acreditar que vídeos do Talibã, Iraque, Al-Qaeda também podem tê-lo influenciado a cometer os crimes.

Santana confessou nesta quarta-feira (3) o assassinato de seis pessoas, que foram mortas a golpes de machadinha e faca. Das vítimas, duas tiveram seus corpos queimados e cinco foram decapitadas.
A primeira vítima do jovem é Flavia Aparecida de Paula Honório (foto), que foi morta e decapitada no dia 29 de outubro, na rua Benedito Aragão Cardoso, no bairro Brás Cubas, em Mogi das Cruzes.

Na segunda-feira (1), o suspeito matou um morador de rua na avenida Francisco Rodrigues Filho, no centro de Mogi das Cruzes. Outro morador de rua também foi atacado, mas conseguiu sobreviver. Ele permanece internado em estado grave.

Outra vítima de Santana foi morta na terça-feira (2). Kelly Caldeira da Silva foi assassinada e decapitada na rua Peruíbe, na Vila Assoriana, ao lado da estrada de ferro, em Poá, na Grande São Paulo.

Nesta quarta-feira, o suspeito matou três pessoas em um intervalo de 1 hora em Mogi das Cruzes. Carlos Cesar de Araújo, foi morto e decapitado às 6h na rua Francisco Rodrigues Filho. Às 6h30, o jovem assassinou e decapitou Maria do Rosário Coentro na rua Antonio de Almeida, no Jardim Rodei. Às 7h, ele matou e decapitou Maria Aparecida dos Nascimento (foto) na rua Francisco Rodrigues Filho.

Maria do Rosário Coentro (foto) foi uma das vítimas do suspeito

Santana tatuou uma machadinha no braço e o número 36 na perna. Esse seria o total de vítimas que pretendia matar caso não fosse capturado. Ele foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Mogi das Cruzes.
Segundo a família do suspeito, no último mês ele começou a apresentar um comportamento estranho. Ele passou a ficar calado e a pesquisar imagens de violência e de decapitações na internet. A polícia acredita que ele tenha cometido outros crimes na região.

Segundo reportagem do Estadão Conteúdo, a Polícia Militar encontrou facas, um machado e as roupas manchadas de sangue usadas pelo criminoso quando cometeu os crimes. Ao ser preso ele afirmou que a motivação dos crimes foi um "pacto com o demônio e seita satânica". De acordo com o delegado Marcos Batalha, titular da Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes, Santana afirmou que fez "um compromisso com o diabo".