O relógio marcava 0h01 do dia 1º de janeiro quando Daniela Canuto Rocha, de 18 anos, deu à luz ao seu primeiro filho no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O bebê, que ainda não tem nome definido - poderá se chamar Guilherme ou Kauan -, nasceu com 3,250 kg e 48,5 cm.
Daniela e o marido são moradores deJuquiá, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo, e vieram ao litoral paulista apenas para a virada do ano. O casal queria assistir a queima de fogos em uma das praias da cidade, que eles visitavam pela primeira vez.

No entanto, os planos tiveram que ser alterados quando Daniela começou a sentir dores. O parto estava previsto apenas para o meio do mês de janeiro, mas as contrações fizeram com que a mulher fosse levada ao hospital. "A gente saiu de Juquiá e no meio do caminho começou a doer. Parei em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e de lá vim para cá", conta a mãe.

Como não pretendiam seguir na cidade durante o dia, o casal não trouxe roupas, e o bebê teve que receber as primeiras vestimentas da enfermagem. Enquanto isso, o pai foi providenciar a mala de maternidade. "Vim sem nada, despreparada. Estava só com a roupa do corpo para voltar de madrugada. Só que acabei não voltando", destaca Daniela.

Para ocasiões como essa, o hospital costuma disponibilizar enxovais doados por voluntários. As próprias enfermeiras escolheram qual seria a roupa do primeiro bebê do ano na cidade. "O branco foi por conta do ano novo. Nós escolhemos. Ele nasceu na virada, então decidimos colocá-lo de 'branquinho' mesmo", explica a enfermeira Erika dos Santos.

Emocionada, a mãe do bebê ressalta que, a partir deste ano, irá passar a encarar de uma maneira diferente o Réveillon. Ela também pretende fazer uma tatuagem com o nome do filho, quando definí-lo. "Vou levar esse ensinamento para toda a vida. Não vou esquecer nunca do significado do dia 1º de janeiro. Ainda mais que foi à 0h01. Foi emocionante", conclui.