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Lema de novo mandato de Dilma, educação terá currículo nacional e novo ensino médio

R7

Anunciada como lema de sua segunda gestão pela presidente Dilma, a educação, chefiada pelo ex-governador do Ceará Cid Gomes (PROS), deverá passar por importantes mudanças já nos primeiros anos do novo mandato.  

Cid, que tomou posse nesta sexta-feira (2), após a presidente dizer em seu discurso que a educação será "a prioridade das prioridades" em seu novo governo, defendeu a criação de um currículo nacional único para os ensinos fundamental e médio.  

A discussão é antiga entre educadores, mas nunca foi implantada com obrigatoriedade. Hoje, pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), Estados e municípios têm autonomia para definir quais os conteúdos são ensinados nas escolas públicas. O MEC (Ministério da Educação) apenas indica parâmetros.

"Iniciaremos o diálogo para a instituição da base comum no ensino brasileiro desde o fundamental até o ensino médio", afirmou Cid Gomes em discurso de posse em Brasília.      

Outra medida, segundo o ministro, será a valorização dos professores, mais uma promessa antiga, que se repete em todas as gestões do MEC. Cid anunciou que vai definir um novo piso nacional básico para os professores já na próxima semana. Implantado como lei em 2008, o piso determina o valor mínimo que todos os professores da educação básica pública devem ganhar e foi marcado pelo descumprimento em diversos Estados.  

— Gostaria de me dirigir a todos os professores brasileiros. Sou filho e irmão de professores. Minha experiência como prefeito e governador me ensinou ainda mais sobre a necessidade do corpo docente. Pretendo me reunir com seus representantes, vamos valorizar e reconhecer seu trabalho. Meu gabinete estará sempre aberto para receber conselhos, críticas e ajuda.

Gomes é alvo de críticas nas redes sociais devido a um suposto comentário feito em 2011 em relação ao salário de professores, quando era governador do Ceará e teria dito que os educadores devem trabalhar por paixão e não por dinheiro.

— Eu não disse isso. O que eu disse é que um servidor público, seja ele vereador, governador, médico, deputado, professor, antes de qualquer coisa precisa ter vocação.

Ele anunciou, ainda, que pretende ampliar as vagas de ensino em tempo integral e o atendimento a crianças até três anos de idade nas creches, além de universalizar o acesso das crianças de até cinco anos à pré-escola, melhorar a qualidade do ensino fundamental e continuar a expansão do ensino superior. 

O ministro se comprometeu, também, a cumprir outras metas determinadas pelo PNE (Plano Nacional de Educação), lei federal aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidente Dilma em junho de 2014. O plano estabelece prioridades para os próximos dez anos na educação do País (veja detalhes no quadro abaixo). 
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