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Fast food não é vilão para 25% das pessoas. Saiba o motivo

R7

Pesquisadores da Universidade de Medicina de Washington, em St Louis, no Missouri, incentivaram 20 pessoas obesas a comer mais fast food por vários meses e descobriram que 25% deles mantiveram boa saúde, apesar dos quilos extras que ganharam. O estudo foi publicado no Journal of Clinical Investigation nesta semana.

Cada indivíduo foi incentivado a comer 1.000 calorias a mais por dia, especialmente em restaurantes de fast food, com o objetivo de aumentar o peso em 6%.

Segundo Elisa Fabbrini, professora de medicina e principal autora do estudo, “é tão difícil fazer as pessoas engordarem como emagrecerem”.

Aqueles que não sofriam de doenças tipicamente associadas à obesidade, como resistência à insulina, colesterol alto, pressão alta e excesso de gordura no fígado, não apresentaram esses problemas, mesmo depois de engordar 7 kg.

Por outro lado, aqueles que já sofriam com problemas metabólicos antes do estudo ficaram ainda pior por causa do aumento de peso.

Os resultados confirmaram o que os cientistas já haviam observado na população em geral:  25% dos obesos não sofrem de complicações metabólicas que podem levar a um ataque cardíaco, diabetes e derrame.

Todo o grupo que participou do estudo foi acompanhado posteriormente por nutricionistas para perder peso. O trabalho levou ao documentário do canal americano HBO Weight of the Nation.

Para o pesquisador Samuel Klein, diretor do Centro de Nutrição Humana da Universidade de Washington, "precisamos de mais estudos para tentar entender por que a obesidade provoca doenças específicas em algumas pessoas, mas não em outras”.

— A pesquisa demonstra que algumas pessoas obesas estão protegidas contra os efeitos metabólicos adversos do ganho de peso moderado, enquanto outras estão predispostas a desenvolver estes problemas.
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