O fato de existir apenas R$ 84.098,03 em sua Conta Única do Estado (Fonte 100), no Banco do Brasil, nem mexeu com as sombrancelhas do governador Pedro Taques (PDT). O que provoca mesmo calafrios na espinha do novo chefe do Poder Executivo é o risco real de o déficit financeiro chegar a R$ 2,5 bilhões, quase 20% da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2015, que ficou em  R$ 13,65 bilhões. Taques sabe que o cenário financeiro é aterrador, mas prefere dar ênfase ao que chama de ‘choque de gestão’ a ficar reclamando. Vários decretos com medidas de austeridade, corte de gastos, suspensão de pagamentos, combate à corrupção e enxugamento da máquina pública para o início de governo dão o tom de que não vai esperar cair do céu a solução para cobertura do ‘rombo’ que herdou do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O que não ficou claro, nas medidas de Taques, é o preço que a população terá de pagar pela suposta irresponsabilidade do seu antecessor. É como preconiza um velho adágio do Pantanal de Mato Grosso: “quem se casa com a viúva, assume os filhos [e os ama como se fossem seus]”.