Deputados não trabalharão devido ao recesso; legislatura acaba dia 31.
Mesmo assim, receberão salário e benefícios proporcionais ao período.

A menos de um mês do fim da atual legislatura, 24 suplentes assumiram o mandato de deputado federal na Câmara entre os últimos dia 31 de dezembro e 2 de janeiro e outros 17 poderão vir a ocupar uma vaga com a provável saída dos titulares até o fim do mês, o que totalizaria 41 mandatos-tampão – a Câmara tem 513 parlamentares.

As vagas foram abertas após a renúncia ou a  licença de deputados que tomaram posse como governadores, vices, ministros ou secretários de governos estaduais.

A atual legislatura termina em 31 de janeiro, mas os novos congressistas não trabalharão um dia sequer, uma vez que o Congresso está em recesso desde 23 de dezembro – a posse dos eleitos em outubro será em 1º de fevereiro

Mesmo assim, terão direito a um salário de R$ 26,7 mil e 13º salário proporcional. Poderão ainda usar a verba mensal de R$ 78 mil para pagar funcionários de gabinete e auxílio-moradia no valor de R$ 3,8 mil, além da cota parlamentar. 

O valor da cota, usada para custear despesas com transporte itens como passagens aéreas e despesas com gasolina e gasolina, varia conforme o estado. Parlamentares do Distrito Federal recebem R$ 27,9 mil, o menor valor. Já os deputados do Acre, têm direito a R$ 40,7 mil, o maior valor.

De acordo com a Diretoria-Geral da Câmara, um dos suplentes que assumiram,Humberto Michiles (PR-AM), pediu para não receber os vencimentos.

Motivos
Entre os que renunciaram ao mandato na Câmara estão Rui Costa (PT-BA), Renan Filho (PMDB-AL) e Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), eleitos, respectivamente, governadores da Bahia, de Alagoas e do Mato Grosso do Sul.

Outros sete deputados deixaram a Casa para tomar posse como vice-governadores: Márcio França (PSB-SP); Henrique Oliveira (SD-AM); João Leão (PP-BA); Cesar Colnago (PSDB-ES); Carlos Brandão (PSDB-MA); Antônio Andrade (PMDB-MG); e Zequinha Marinho (PSC-PA).

Entre os 24 suplentes que tomaram posse, está o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca (PT-SP). Desses 24, somente quatro se elegeram em outubro e permanecerão na Câmara na próxima legislatura, como titulares dos mandatos. São os casos de Afonso Motta (PDT-RS), Max Filho (PTB-ES), Silvio Torres (PSDB-SP) e Dr. Sinval Malheiros (PV-SP).

A Secretaria-Geral da Câmara estima – com base em nomes já anunciados para ocupar secretarias nos governos estaduais – que outros 17 devem assumir até o fim do mês.

Pela Constituição, a legislatura na Câmara é composta por 513 parlamentares no período de quatro anos.

Por isso, toda vez que uma vaga na Casa é aberta, o suplente necessariamente tem que ser convocado, não importando o tempo que faltar para o fim da legislatura.

Durante o recesso parlamentar, não há sessões no plenário e, por isso, as posses acontecem no gabinete do presidente da Câmara.