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Mais de 300 mil pessoas seguem sem luz desde o temporal de segunda

G1

Último balanço da Eletropaulo divulgado no inicio da noite desta terça-feira (13) mostra que 353 mil clientes estão sem luz desde o temporal de segunda-feira (12) em São Paulo. De acordo com a concessionária, por meio de sua assessoria de imprensa, o total inclui alguns moradores que ficaram sem luz com a chuva desta terça, mais fraca.

A maior parte dos moradores sem luz está em bairros das zonas sul e oeste da capital, além do município de Cotia, na Grande São Paulo. Equipes estão atuando, por exemplo, na reconstrução da rede de energia da rua do Glicério, no bairro da Liberdade, após a queda de uma árvore de grande porte.

No Jardim Miriam, Zona Sul de São Paulo comerciantes ficaram mais de 24 horas sem luz e perderam todo o estoque. Revoltados com a demora no reparo da rede, um grupo de 150 moradores fez um protesto na noite de terça-feira (14).

Um padeiro, que está há dois dias com a padaria fechada por falta de luz, disse que perdeu o estoque de pães e de sorvetes. Ele calcula um prejuízo de cerca de R$ 1000 apenas em sorvetes.

O pizzaiolo Odair Santos Macedo, que trabalha no mesmo quarteirão do Jardim Miriam, também calculava as perdas. Ele vai ter que jogar no lixo a massa que fez além de esvaziar o freezer. “Tem mussarela, calabreza, Isso tudo é prejuízo. Cada peça custa em torno de R$ 70”, conta.

Um morador reclamou que a falta de luz fez com que ele perdesse a carne armazenada na geladeira.

“Estamos sem banho e estragando a mistura. A gente compra a carne na promoção para a semana e guarda no frízer. Sem energia, a gente acaba perdendo a mistura da semana”, afirmou.

O protesto aconteceu na Avenida Pedro de Avos. Eles colocaram fogo em madeira em alguns pontos da via. Na manhã desta quarta-feira (14), ainda havia bastante sujeira, o que obrigava os motoristas a desviar. O fornecimento de energia foi restabelecido.

Paraisópolis
A falta de luz e água em de Paraisópolis, na região do Morumbi, também na Zona Sul, também motivaram um protesto na Avenida Hebe Camargo. Os manifestantes colocaram fogo em lixo, pneus e em pedaços de madeira, bloqueando um dos sentidos da via.

Um policial militar foi atingido na perna por objeto atirado por um manifestante e teve uma fratura exposta na perna. Ele passou por uma cirurgia e, na manhã desta quarta-feira, passava bem.
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