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Do talento à decepção: jornalistas ingleses analisam Anderson no United
Globo Esporte
Alguém com muito talento, que teve um bom começo, mas que não teve regularidade na Inglaterra. As lesões, principalmente a sofrida em 2010, atrapalharam a caminhada de Anderson no Manchester United. No país, é visto pela imprensa como alguém que pouco se esforçou para ficar em forma e mostrar comprometimento dentro de campo.
Prestes a ser anunciado pelo Inter, o meio-campista é apontado como um jogador que não fará falta na Inglaterra, como relatam os jornalistas consultados pelo GloboEsporte.com:
- Apesar dos títulos, Anderson teve pouco tempo de sucesso. Todos reconhecem o seu talento, mas pouco correspondeu às expectativas. Faltou dedicação no trabalho. Ninguém sentirá a falta dele no United - sentencia Chris Wheeler, do Daily Mail
TÍTULOS E RECUO DE POSIÇÃO
O canhoto chegou a Old Trafford em 2007, comprado do Porto por 31,7 milhões de euros (cerca de R$ 97,95 milhões). Recebia 60 mil libras semanais (aproximadamente R$ 245,4 mil). A qualidade apresentada no Grêmio, onde foi revelado ainda muito jovem, e posteriormente em Portugal, logo apareceu em solo inglês. Mesmo em um time que contava com Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney, Ryan Giggs e Nani, Anderson conquistou seu espaço. Ganhou até música da torcida em sua homenagem.
Porém, com tantas estrelas ao seu dispor, Alex Ferguson, antigo técnico dos Diabos Vermelhos, tomou uma decisão. O meia-atacante foi recuado no clube e virou uma espécie de volante. Para Mark Ogden, do The Telegraph, a mudança de função não fez bem ao jogador:
- Anderson foi bem nos primeiros dois, três anos. Ele se firmou como um número 10, mas raramente jogou lá. Ferguson foi o responsável pela mudança e deve ser visto como o culpado por isso - analisa.
Em Manchester, Anderson acumulou taças nos primeiros anos. Apesar das constantes "saídas noturnas" noticiadas nos jornais ingleses, com os companheiros de time e de festa Cristiano Ronaldo e Nani, continuava com crédito. Em 2010, no entanto, os problemas começaram a aparecer, principalmente pela grave lesão no joelho esquerdo, como recorda Wheeler:
- Em janeiro de 2010, foi multado em 80 mil libras (cerca de R$ 327,2 mil) porque voltou ao Brasil sem a permissão de Ferguson. Em fevereiro, rompeu os ligamentos do joelho esquerdo e, em agosto, bateu o carro após sair de uma boate em Braga, enquanto se recuperava da lesão.
BRIGA COM A BALANÇA
A partir dali, a passagem de Anderson entrou em declínio. O meio-campista sofreu com novas lesões. E, enquanto buscava se recuperar, não conseguia manter a forma física ideal. Longe disso. A balança se tornou a grande vilã do jogador.
- Anderson se lesionou muito. E, quando não estava jogando, ganhava muito peso - diz Janine Self, do Daily Mail.
Se as lesões o deixavam inativo e culminavam em um aumento de peso, Anderson também não se ajudava, analisam os jornalistas. Para Jamie Jackson, do The Guardian, o meia pouco se esforçava para ficar com o físico ideal:
- Virou uma decepção nas últimas temporadas. Ele tem muito potencial, mas precisa mostrar. A forma física era sempre deficiente e faltava esforço para melhorar.
PERDA DE ESPAÇO E EMPRÉSTIMO
Os reiterados contratempos fizeram seu protagonismo desaparecer. Já na reserva, Anderson acabou emprestado para o Fiorentina entre 2013 e 2014 porque o então técnico David Moyes - sucessor de Ferguson - entendia que ele não teria espaço no clube.
O período na Itália não serviu para mudar seu status. Aliás, foi pouco foi utilizado em Florença, apenas oito jogos. Retornou em ao Manchester United e lá encontrou Louis van Gaal, técnico holandês que tem a fama de não gostar dos brasileiros. Consequência? Anderson seguiu sem espaço. Até por isso, o desejo era se desfazer do jogador de 26 anos, como afirma John Cross, do Mirror:
- Anderson tinha problemas em manter a forma, estava sempre acima do peso. Isso virou um grande tormento. Van Gaal entendia que ele não se encaixava no sistema atual e o Manchester só queria se livrar dele o mais rápido possível.
CONTROVÉRSIA ENTRE EX-COLEGAS
O período no United faz até mesmo ex-companheiros terem opiniões distintas. Ex-capitão do time, o hoje aposentado Gary Neville disse que o canhoto fez bons jogos, mas nunca teve regularidade. Para o ex-lateral-direito, Anderson não apresentava o mesmo ímpeto em confrontos que não eram clássicos:
- Ele tem muito talento. Posso lembrar de alguns jogos, como contra o Liverpool em Anfield. Anderson era realmente capaz nos grandes jogos. Ele tem essa mentalidade no clássico e muita habilidade, mas nunca foi capaz de fazer de repetir semana após semana na Premier League. E isso é uma verdadeira vergonha - disse, em matéria publicada no Mirror.
Se Neville criticou o canhoto, o mesmo não ocorreu com Robin Van Persie. O centroavante publicou em sua conta do Instagram uma foto com Anderson, desejando sucesso:
- Boa sorte no Brasil, Anderson. Você é um craque, amigo!
Anderson disputou 181 partidas pelos Diabos Vermelhos, sendo 53 como reserva. Anotou nove gols e conquistou a Liga dos Campeões, Mundial de Clubes, quatro Campeonatos Ingleses e duas Copas da Liga.
O Inter espera que, além dos títulos, o canhoto chegue ao Beira-Rio com vontade de recuperar o tempo perdido. As primeiras amostras apontam esse caminho. Antes mesmo de ser apresentado, já trabalhava no Centro de Treinamentos do Parque Gigante para dar início a uma nova história em solo brasileiro.
Prestes a ser anunciado pelo Inter, o meio-campista é apontado como um jogador que não fará falta na Inglaterra, como relatam os jornalistas consultados pelo GloboEsporte.com:
- Apesar dos títulos, Anderson teve pouco tempo de sucesso. Todos reconhecem o seu talento, mas pouco correspondeu às expectativas. Faltou dedicação no trabalho. Ninguém sentirá a falta dele no United - sentencia Chris Wheeler, do Daily Mail
TÍTULOS E RECUO DE POSIÇÃO
O canhoto chegou a Old Trafford em 2007, comprado do Porto por 31,7 milhões de euros (cerca de R$ 97,95 milhões). Recebia 60 mil libras semanais (aproximadamente R$ 245,4 mil). A qualidade apresentada no Grêmio, onde foi revelado ainda muito jovem, e posteriormente em Portugal, logo apareceu em solo inglês. Mesmo em um time que contava com Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney, Ryan Giggs e Nani, Anderson conquistou seu espaço. Ganhou até música da torcida em sua homenagem.
Porém, com tantas estrelas ao seu dispor, Alex Ferguson, antigo técnico dos Diabos Vermelhos, tomou uma decisão. O meia-atacante foi recuado no clube e virou uma espécie de volante. Para Mark Ogden, do The Telegraph, a mudança de função não fez bem ao jogador:
- Anderson foi bem nos primeiros dois, três anos. Ele se firmou como um número 10, mas raramente jogou lá. Ferguson foi o responsável pela mudança e deve ser visto como o culpado por isso - analisa.
Em Manchester, Anderson acumulou taças nos primeiros anos. Apesar das constantes "saídas noturnas" noticiadas nos jornais ingleses, com os companheiros de time e de festa Cristiano Ronaldo e Nani, continuava com crédito. Em 2010, no entanto, os problemas começaram a aparecer, principalmente pela grave lesão no joelho esquerdo, como recorda Wheeler:
- Em janeiro de 2010, foi multado em 80 mil libras (cerca de R$ 327,2 mil) porque voltou ao Brasil sem a permissão de Ferguson. Em fevereiro, rompeu os ligamentos do joelho esquerdo e, em agosto, bateu o carro após sair de uma boate em Braga, enquanto se recuperava da lesão.
BRIGA COM A BALANÇA
A partir dali, a passagem de Anderson entrou em declínio. O meio-campista sofreu com novas lesões. E, enquanto buscava se recuperar, não conseguia manter a forma física ideal. Longe disso. A balança se tornou a grande vilã do jogador.
- Anderson se lesionou muito. E, quando não estava jogando, ganhava muito peso - diz Janine Self, do Daily Mail.
Se as lesões o deixavam inativo e culminavam em um aumento de peso, Anderson também não se ajudava, analisam os jornalistas. Para Jamie Jackson, do The Guardian, o meia pouco se esforçava para ficar com o físico ideal:
- Virou uma decepção nas últimas temporadas. Ele tem muito potencial, mas precisa mostrar. A forma física era sempre deficiente e faltava esforço para melhorar.
PERDA DE ESPAÇO E EMPRÉSTIMO
Os reiterados contratempos fizeram seu protagonismo desaparecer. Já na reserva, Anderson acabou emprestado para o Fiorentina entre 2013 e 2014 porque o então técnico David Moyes - sucessor de Ferguson - entendia que ele não teria espaço no clube.
O período na Itália não serviu para mudar seu status. Aliás, foi pouco foi utilizado em Florença, apenas oito jogos. Retornou em ao Manchester United e lá encontrou Louis van Gaal, técnico holandês que tem a fama de não gostar dos brasileiros. Consequência? Anderson seguiu sem espaço. Até por isso, o desejo era se desfazer do jogador de 26 anos, como afirma John Cross, do Mirror:
- Anderson tinha problemas em manter a forma, estava sempre acima do peso. Isso virou um grande tormento. Van Gaal entendia que ele não se encaixava no sistema atual e o Manchester só queria se livrar dele o mais rápido possível.
CONTROVÉRSIA ENTRE EX-COLEGAS
O período no United faz até mesmo ex-companheiros terem opiniões distintas. Ex-capitão do time, o hoje aposentado Gary Neville disse que o canhoto fez bons jogos, mas nunca teve regularidade. Para o ex-lateral-direito, Anderson não apresentava o mesmo ímpeto em confrontos que não eram clássicos:
- Ele tem muito talento. Posso lembrar de alguns jogos, como contra o Liverpool em Anfield. Anderson era realmente capaz nos grandes jogos. Ele tem essa mentalidade no clássico e muita habilidade, mas nunca foi capaz de fazer de repetir semana após semana na Premier League. E isso é uma verdadeira vergonha - disse, em matéria publicada no Mirror.
Se Neville criticou o canhoto, o mesmo não ocorreu com Robin Van Persie. O centroavante publicou em sua conta do Instagram uma foto com Anderson, desejando sucesso:
- Boa sorte no Brasil, Anderson. Você é um craque, amigo!
Anderson disputou 181 partidas pelos Diabos Vermelhos, sendo 53 como reserva. Anotou nove gols e conquistou a Liga dos Campeões, Mundial de Clubes, quatro Campeonatos Ingleses e duas Copas da Liga.
O Inter espera que, além dos títulos, o canhoto chegue ao Beira-Rio com vontade de recuperar o tempo perdido. As primeiras amostras apontam esse caminho. Antes mesmo de ser apresentado, já trabalhava no Centro de Treinamentos do Parque Gigante para dar início a uma nova história em solo brasileiro.