Imprimir

Notícias / Política BR

Nova etapa da Operação Lava Jato movimenta o meio político

G1

Num dia em que uma nova CPI sobre a Petrobras foi aberta na Câmara, essa nova etapa da Operação Lava Jato agitou o meio político, em Brasília.

A oposição disse que as acusações contra o tesoureiro do PT, que teria recebido dinheiro para o partido, tornam ainda mais graves as denúncias de corrupção na Petrobras.

“Os U$ 200 milhões é um escândalo para o Brasil e para os brasileiros, mas também um escândalo pro mundo inteiro, é o maior escândalo do mundo. Impõe-se que a punição exemplar venha, doa a quem doer, chegue aonde chegar”, disse o senador José Agripino, DEM-RN, presidente do partido.

Pelo Palácio do Planalto, falou o ministro de Relações Institucionais, responsável pelas negociações políticas com o Congresso. Pepe Vargas disse, em uma rápida conversa com jornalistas, que o governo está tranquilo.

“Pro governo não cria constrangimento algum. Se houver algum envolvimento de alguma pessoa do PT, o PT vai ter que tomar as atitudes que têm que ser tomadas. Vamos aguardar o desdobramento desses episódios”, afirmou o ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas.

Dois partidos de oposição - PPS e Democratas – anteciparam que vão pedir a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de João Vaccari Neto e do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, já na primeira reunião da nova CPI na Câmara. Vaccari e Duque também devem ser convocados para depor.

Na manhã desta quinta-feira (5), o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, leu em plenário o ofício que criou a CPI da Petrobras para investigar denúncias de corrupção na empresa entre 2005 e 2015.

Agora, os partidos vão indicar os 27 integrantes da CPI. A base governista terá maioria de pelo menos 15 vagas. Mas, na prática, vai depender muito do comportamento do PMDB, de Eduardo Cunha, partido que vai comandar a comissão.

O PMDB terá o direito de escolher o presidente e deverá negociar com o PT o nome do relator.

A CPI só deve começar a trabalhar depois do carnaval.

“Tem que negociar isso aí, presidência, relatoria, então é importante que a gente gaste a semana que vem, eu acho de bom alvitre deixar pra semana posterior ao carnaval”, disse o deputado Eduardo Cunha, PMDB-RJ, presidente da Câmara.

A oposição trabalha também para criar uma CPI mista da Petrobras, com deputados e senadores. As assinaturas de apoio devem ser entregues na semana que vem.
Imprimir