Na reunião em que fecharam acordo até o final de 2010, Muricy Ramalho e a diretoria do Palmeiras chegaram a um consenso de que seria melhor que o treinador assumisse o time oficialmente na segunda-feira.

Com a decisão, Muricy --que será apresentado na sexta-feira na Academia de Futebol-- escapará da pressão do clássico de maior rivalidade para o torcedor palmeirense. Domingo, em Presidente Prudente (558 km a oeste da capital), a equipe encara o Corinthians.

O fato de o treinador não estar à beira do gramado gerou desconforto entre os cartolas, que, por ora, não abrem mão de ter Jorginho como interino pela última vez. "O próprio Muricy pediu que o Jorginho fique até domingo", disse o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo.

O dirigente disse que as partes optaram por um período maior de transição. "O período é muito curto. Se fosse um jogador que chegasse bem preparado, seria mais fácil para entrar e jogar", analisou o presidente.

Apesar disso, a equipe será orientada por Muricy. Ele viajará com o elenco para o interior, participará com voz ativa em todas as reuniões e dará palpites na escalação. "No sábado, ele viaja com o elenco e vai conversar com o Jorginho, que será o técnico. Achamos isso mais racional e sabemos dos riscos que estamos correndo", diz Belluzzo.

Salário

O vice-presidente de futebol palmeirense, Gilberto Cipullo, negou que Muricy vá receber um salário de R$ 450 mil.

"Esse é o valor que será pago para toda a comissão técnica, incluindo os dois auxiliares, o Tata [homem de confiança do treinador] e o Jorginho", disse Cipullo, em entrevista à rádio Jovem Pan.

Além de mostrar o seu estilo de trabalho aos jogadores, o treinador discutirá com a diretoria os prováveis reforços para o elenco. O clube promete fazer de tudo para segurar os principais jogadores.

"Temos algumas negociações em andamento, mas, por ora, elas ficam suspensas até conversamos com o Muricy", disse Belluzzo.