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Cerca de 600 problemas são detectados em obras do VLT e 53,55% não foram resolvidos

Da Redação - Wesley Santiago

A empresa Planservi/Sondotecnica, responsável por gerenciar e supervisionar a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), detectou 564 problemas nas obras do novo modal até dezembro de 2014. De acordo com o laudo, entregue ao Governo do Estado, 117 deles foram considerados graves e 53,55% não foram resolvidos por completo. O custo total do empreendimento poderá chegar a R$ 1,8 bilhão.

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De acordo com o documento, que foi divulgado pelo Gabinete de Projetos Estratégicos, a maioria dos problemas (38,30%) foram constatados nas obras de implantação do VLT, enquanto que 25,71% foram no Controle Tecnológico e 14,72% em questões de segurança. Destes, a empresa considerou que 117 (20,57%) eram graves, 36,70% moderados e 42,73% leves.

Dentro os problemas que foram considerados graves, estão: adição de água no concreto, desaprumo de pilar, trincas e fissuras (inclusive na base dos trilhos), não conformidade com o projeto, corrosão de armadura, pilar fora do prumo, entre várias outras falhas. Em outro ponto, na avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), a empresa detectou um risco de desabamento do aterro. 

Ainda foi revelado que 53,55% dos problemas encontrados não foram resolvidos de forma definitiva pelo Consórcio VLT (estão pendentes ou não foram acatados). Porém, em alguns há a observação de que foi executado o serviço subsequente. A Gerenciadora apontou também que só 0,34% dos projetos básicos foram aprovados, enquanto que 83,07℅ foram aprovados com restrições. Dos projetos executivos, só 34,52% foram aprovados.
 
“Pode-se observar nos gráficos acima que a maior parte dos projetos entregues à Gerenciadora para aprovação está classificada na categoria ‘aprovados com restrições’. Tais restrições referem-se basicamente à insuficiência de informações apresentadas ou à falta dos detalhamentos esperados”, diz trecho do documento.
 
Vale lembrar que o preço do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) inflacionou 112% em quatro anos e pode chegar a 158% do valor originalmente apresentado em uma audiência pública. Na ocasião, os defensores do VLT apresentaram um preço de R$ 696 milhões para convencer a sociedade de que ele seria superior e pouco mais caro em relação ao BRT. Contudo, a obra acabou sendo contratado por mais que o dobro: R$ 1,447 bilhão. Porém, já estima-se o custo pode ultrapassar R$ 1,8 bilhão.
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