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Consórcio VLT cobra dívida de R$ 160 milhões deixada por Silval Barbosa

Da Redação - Wesley Santiago

As empresas que participam da implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Cuiabá e Várzea Grande publicaram uma nota oficial, neste domingo (15), em jornais de circulação em Mato Grosso, cobrando do Governo do Estado repasses referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2014, que não foram pagas na gestão do ex-governador Silval Barbosa. Além de multa, correção monetária e reajustes no contrato. O Consórcio VLT cobra uma dívida de mais de R$ 160 milhões.

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Esta é a primeira vez que o Consórcio se posiciona após a divulgação os relatórios por parte do Gabinete de Projetos Estratégicos que identificou diversas irregularidades nas obras de implantação do novo modal. Os documentos apontam erros considerados ‘grosseiros’ e o governador Pedro Taques (PDT) chegou a classificar o caso como “o maior escândalo da história de Mato Grosso”.
 
"Até esta data o Consórcio VLT recebeu do contratante o pagamento de R$ 1.066.132.255,32, tendo a receber, já vencidos, aproximadamente R$ 160,4 milhões, referentes às medições de outubro, novembro e dezembro de 2014, variação cambial e correção monetária, sendo que a este valor deverá ser acrescida multa por atraso de pagamento", explicou o Consórcio.
 
Além da multa pelos atrasos e da correção monetária (devido à variação cambial à qual alguns itens importados do contrato estão sujeitos), o governo ainda deve acrescentar à cifra global do contrato valor referente à correção anual dos preços conforme Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
 
Segundo o Consórcio, esta situação não é nova. Desde o início das obras houve atraso para que se fizesse o repasse do dinheiro: “No entanto, nenhum dos 3.203 trabalhadores que atuaram na obra recebeu salário e benefícios com atraso. Todos os compromissos trabalhistas são rigorosamente cumpridos em dia pelo consórcio”, acrescentam as empresas. Também foi apontada a inércia do poder público na liberação de áreas e frentes de serviço do novo modal.
 
Ainda não está confirmado se o Estado continuará com a implantação do VLT. Segundo Pedro Taques, o valor da tarifa a ser apurado por um profundo estudo técnico é que irá determinar sobre a continuidade ou não das obras do novo modal. O valor da tarifa pode variar entre R$ 6 até R$ 10 – valor muito distante da realidade.
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