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Ministros vão a jantar na casa de Temer explicar medidas ao PMDB

G1

Os ministros da área econômica Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), além do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participaram na noite desta segunda-feira (23) de jantar organizado pelo presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, para explicar a ministros e parlamentares peemedebistas as medidas provisórias (MPs) que alteram benefícios trabalhistas e fazem parte das medidas de ajuste fiscal do governo.

No fim do ano passado, o Executivo editou duas MPs que tornaram mais rigoroso o acesso da população a uma série de benefícios previdenciários, entre eles o seguro-desemprego e a pensão por morte. As regras já estão em vigor, mas, para virarem lei, precisam ser aprovadas pelo Legislativo em 120 dias. Antes de serem votadas em plenário, porém, precisarão ser discutidas em comissões criadas pelo Congresso especialmente para esse fim.

No Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República, a reunião durou cerca de quatro horas. Além de Levy, Barbosa e Tombini, participaram Aloizio Mercadante (Casa Civil), ministros do PMDB, deputados e senadores. Entre eles, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Única a falar após o encontro, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO) disse que Joaquim Levy foi “contundente” nas explicações e afirmou que o PMDB apoiará no Congresso Nacional a votação das MPs.

“Foi maravilhosa a reunião. O ministro Levy fez uma explicação bastante contundente, bastante clara da situação. Mas, ao mesmo tempo, pedindo, a aprovação das medidas e deixando um otimismo muito grande para os próximos anos. Mais uma vez, o PMDB vai apoiar as medidas do governo. As duas MPs o PMDB vai apoiar”, avaliou a ministra.

Mais cedo, antes do jantar, Michel Temer já havia dito que o encontro serviria como “primeiro passo” para o governo aprovar no Congresso Nacional as duas medidas provisórias. Para o presidente nacional do PMDB, Joaquim Levy precisaria ser “convincente” ao detalhar ao PMDB as propostas do Executivo.

Ainda nesta segunda, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já havia dito que o governo precisará se articular e “convencer” os aliados se quiser aprovar as medidas de ajuste fiscal no Congresso.

Observações
Questionada sobre se houve “reclamações” por parte dos peemedebistas sobre o partido só ser chamado pelo Planalto para “apagar incêndios no Congresso Nacional”, Kátia Abreu afirmou que foram feitas “observações” e que ajustes são sempre necessários.

“Não é uma reclamação. São observações que precisam ser feitas. Porque ajustes na política são sempre viáveis e sempre necessários. Então, eu acho que, na medida em que temos a oportunidade de ter uma reunião tão importante como essa, com toda a equipe econômica, ministro da Casa Civil, e presidente Michel Temer, com líderes, é uma oportunidade de aprimorar a nossa coalizão”, relatou.
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