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Com dinheiro do VLT, Governo do Estado poderia construir 15 hospitais centrais

Da Redação - Wesley Santiago

O montante de R$ 1,8 bilhão, custo estimado das obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), seria o suficiente para construir 15 hospitais centrais ou 22 novos prontos-socorros municipais. O dinheiro, que deverá ser investido no novo modal, ainda não trouxe benefícios à população, muito pelo contrário, até o momento os mato-grossenses têm vivido diversos transtornos causados pelas obras do novo meio de transporte.

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De acordo com a previsão do Governo do Estado, a estimativa é que o novo Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSM) tenha um custo de R$ 80 milhões. A estrutura terá 21 mil metros quadrados de área construída alocados em uma área de sete hectares na região do Centro de Eventos do Pantanal e a previsão é a de que mais de 300 leitos estejam disponíveis para a população.
 
Com o dinheiro utilizado no VLT, o Executivo conseguiria construir 22 unidades deste mesmo modelo, que custariam R$ 1,76 bilhão. Sendo assim, ainda sobrariam R$ 40 milhões para serem investidos em aparelhamento dos hospitais. Se metade disto, 11 unidades, fossem construídas, o custo seria de R$ 880 milhões e sobrariam assim R$ 920 milhões para investimentos nestes locais.
 
Com os mesmos 1,8 bilhão, o Governo do Estado também conseguiria construir 15 hospitais centrais. O Executivo poderia ainda erguer sete destas unidades, com o custo de R$ 840 milhões, sobrando assim R$ 960 milhões para investimentos em aparelhos e medicamentos no local.
 
A estimativa de Taques é que sejam necessários R$ 511.126.567,06 de recursos próprios para a finalização das obras do novo modal. Mantendo este montante como base, seria possível construir seis novos prontos-socorros (R$ 480 milhões) ou ainda quatro hospitais centrais (R$ 480 milhões).
 
Hospital Central
 
As obras do Hospital Central estão paralisadas há mais de 30 anos. O governador Pedro Taques (PDT) anunciou que cumprirá a decisão judicial que determina a retomada dos trabalhos. O novo projeto pretende transformar o antigo prédio no novo Centro Materno Infantil, com 200 leitos e capacidade de realizar 500 partos por mês. Se tudo ocorrer da forma planejada, a primeira etapa será entregue em junho de 2016.
 
“A saúde é uma prioridade da nossa gestão. Há muito tempo essa obra está paralisada e agora já estamos analisando o projeto do hospital e em breve lançaremos a obra”, ressaltou o governador. A ideia é que a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) faça a gestão dos serviços da unidade hospitalar.
 
O estudo da parceria com a UFMT está sendo feito pelo secretário de Saúde, Marco Bertúlio: “Será um hospital de referência e que atenderá exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde. A proposta do hospital está contextualizada dentro das necessidades da população de Mato Grosso e será a coroação de toda uma ação do Estado”.
 
De acordo com o secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, a previsão é que em junho de 2016 sejam entregues os Blocos C e D, que terão 34 ambulatórios de especialidades, 12 leitos para gestantes e 10 leitos para crianças. O projeto prevê que em junho de 2017 devem ser inaugurados os blocos A, B e E, destinados respectivamente ao diagnóstico, internação e administração. Para esta data está prevista ainda a conclusão da recepção geral do hospital.
 
VLT
 
A implantação do novo modal em Cuiabá e Várzea Grande ainda é uma incógnita. O governo aguarda um estudo de viabilidade econômica para decidir se continua ou não com as obras do VLT. Durante a construção, a empresa que fiscaliza os trabalhos detectou cerca de 600 problemas em diversos pontos do projeto. Além disto, várias irregularidades foram encontradas em diversas construções.
 
Para evitar que todo o dinheiro que já foi investido na construção do VLT (R$ 1.066.132.266,35) seja ‘jogado fora’. O Executivo analisa ‘ressuscitar’ a construção do BRT (Bus Rapid Transit) ou ainda manter apenas uma das duas linhas do novo modal, já que o eixo Aeroporto-Porto já recebeu grande parte dos trilhos.
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