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Sobe para 17 o número de casos de malária no estado do Rio

G1

O número de casos de malária no estado do Rio aumentou, de acordo com a Secretaria de Saúde: são 17 pessoas infectadas. O último registro de casos no estado era de 14 pessoas infectadas até 25 de fevereiro, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em 2014 foram registrados apenas oito casos.

A situação de alerta é direcionada para as pessoas que vão visitar as regiões próximas à Mata Atlântica, já que o forte calor desses locais favorece o desenvolvimento do mosquito.

A superintendência informou que ainda não foram confirmadas mortes relacionadas à malária. Segundo o órgão, até o momento, os casos registrados apresentam a versão branda da doença. Ainda de acordo com a secretaria de saúde, os infectados moram ou estiveram na Região Serrana recentemente.

Segundo a Vigilância Epidemiológica, os prováveis locais de infecção são os municípios de Miguel Pereira, com três casos; Nova Friburgo, com dois; Petrópolis, com dois; e Teresópolis com um. A secretaria informou que a origem dos outros nove casos permanece em investigação.

Aumento é anormal

Dois especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o geneticista Mariano Zalis e o infectologista Alberto Chebabo, explicaram na edição do Bom Dia Rio no dia 26 de fevereirro os casos de malária registrados no estado do Rio recentemente. Segundo Zalis, o aumento do número de casos no estado não é normal, embora sempre haja registro da doença.

“Houve um aumento do número de casos nos anos 1920 e depois ficou mais controlado, com casos esporádicos sobretudo nas regiões de Mata Atlântica. O que aconteceu agora, a gente acredita que é em função dessa grande seca, principalmente em dezembro, onde os lugares de água as larvas diminuíram e ficaram presas em locais como cachoeiras e rios, exatamente nos locais mais visitados pelas pessoas”, explicou Zalis.

O geneticista acrescentou ainda que o mosquito transmissor da malária não voa para muito longe e, por isso, ficou concentrado nessas regiões, infectando as pessoas que frequentaram esses locais. Ou seja, a seca favoreceu a concentração do mosquito em regiões mais perto do homem.

Chebabo destacou que a melhor forma de se evitar a doença é evitar a picada do mosquito. Por isso, ele aconselhou quem vai para regiões de mata fechada na Região Serrana do Rio, em localidades como Lumiar, Sana, Guapimirim, por exemplo, devem utilizar repelente.
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