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Janot defende atuação do Ministério Público na Lava Jato

G1

À CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados, o ex-gerente de Serviços Pedro Barusco declarou nesta terça-feira (10) que não viu nenhuma empreiteira ser alvo de extorsão no esquema de corrupção e pagamento de propinas dentro da estatal.

As defesas de algumas empreiteiras, como a Engevix, alegaram que havia uma “extorsão engendrada pelos funcionários da Petrobras” contra as empresas que realizavam contratos com a petrolífera.

"Eu fico procurando na minha mente, na minha memória e não encontro caso nenhum de extorsão. Era uma relação normal, uma relação em que se acordavam as coisas, havia um conflito aqui e ali para se discutir alguma coisa, mas extorsão eu nunca vi”, afirmou Barusco ao responder ao questionamento de um parlamentar.

Em outro momento da sessão, ao detalhar as negociações para o pagamento de propina, Barusco reiterou que não havia “constrangimento” na relação entre os funcionários da Petrobras e os representantes das empresas. “Eram conversas negociais, não tinha extorsão, não tinha constrangimento”, afirmou.

Ele confirmou ainda que, no total, recebeu cerca de US$ 97 milhões em propinas, considerando o rendimento, valor que pretende devolver integralmente aos cofres públicos.

"Desses valores que recebi, e já esclareci para o Ministério Público Federal, desde 97, eu recebi, e esse dinheiro era aplicado. Então, eu separei em depósitos que seria a propina em si e também os rendimentos. (...) Então, são US$ 70 milhões [em propina] e US$ 27 milhões em rendimentos financeiros", afirmou o ex-gerente.
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