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Duque poderá prestar depoimento na Câmara, diz presidente da CPI

G1

O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), informou nesta quarta-feira (18) que o presidente da Câmara,Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu, excepcionalmente, decisão que impede que pessoas presas prestem depoimento dentro das dependências da Casa. A medida possibilitará que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso pela Polícia Federal (PF), seja ouvido pelos integrantes da CPI nesta quinta-feira (19).

Suspeito de receber propina no esquema de corrupção que atuava na Petrobras, Duque foi convocado para falar à comissão antes de serdetido pela segunda vez pela PF na última segunda-feira (16). Nesta terça (17), o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, autorizou que a CPI da Petrobras ouça o ex-diretor de Serviços.

Em razão de uma regra da Câmara que impede os depoimentos de presos na Casa, ele seria ouvido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

A decisão de Cunha foi divulgada na página pessoal de Hugo Motta no Facebook. Na rede social, o deputado do PMDB afirmou que havia feito o pedido ao presidente da Câmara para liberar a oitiva na Casa.

“Agradecemos a atenção do presidente da Casa, pois sabemos que isso colabora com o bom funcionamento da CPI, que terá maior autonomia e transparência na condução dos trabalhos”, escreveu Motta no Facebook.

A regra que veta os depoimentos de detentos na Câmara foi instituída em 2006, após o funcionamento da CPI do Tráfico de Armas. À época, traficantes considerados perigosos, como o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o "Marcola", chegaram a ser ouvidos pelos deputados na Casa.

Diante do risco à integridade física dos parlamentares e servidores, além do alto custo de traslado e custódia dos presos, a direção da Câmara decidiu proibir o depoimento de detentos nas dependências da casa legislativa.
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