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Polícia Federal desarticula quadrilha que causou prejuízo de R$ 7 milhões ao INSS

R7

A Polícia Federal realiza, na manhã desta quinta-feira (19), uma ação para desarticular uma quadrilha que fraudava benefícios da previdência, gerando um prejuízo de R$ 7 milhões. Ao todo, são dois mandados de prisão preventiva e 26 mandados de busca e apreensão. A Justiça Federal também determinou o afastamento de três servidores do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), suspeitos de envolvimento no caso.

De acordo com a PF, o grupo se dividia para atuar em duas etapas. Primeiramente, os funcionários da Previdência Social facilitavam a fraude. Eles concediam benefícios fictícios de aposentadoria, aumentando o tempo de contribuição do segurado. Eles também criavam benefícios para pessoas que não deveriam recebê-los (como o BPC/Loas - Benefício Assistencial ao Idoso), como também para indivíduos que não existem, mas eram representados com documentação falsa.

O grupo chamava idosos para fazer os saques dos valores irregulares nas instituições. Cada idoso representava até dez pessoas diferentes. Os “bonecos” (como eram chamados pelo bando) recebiam uma quantia fixa para cada valor retirado.

Por meio de 350 benefícios identificados, a polícia constatou que houve um desfalque de R$ 200 mil ao mês. As 22 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema foram denunciadas pelo MPF (Ministério Público Federal) e vão responder por corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, falsificação de documentos e estelionato.

Segundo a corporação, o MPS (Ministério da Previdência Social) e o MPF também participam da operação “Boneco”, que conta com 126 policiais federais e 16 servidores do MPS. A quadrilha já atuou no INSS de Santa Cruz, e tinha transferido as fraudes para a agência localizada na Tijuca, na rua São Francisco Xavier.
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