Imprimir

Notícias / Brasil

Explosão mata um e deixa dois feridos

G1

Um trabalhador morreu e outros dois ficaram feridos após explosão em uma fábrica de fogos artifício em Santo Antônio do Monte, na manhã desta sexta-feira (27).

Segundo as primeiras informações da Polícia Militar (PM), os dois sobreviventes foram levados para o Pronto Socorro da cidade e há uma hora foram transferidos com apoio de um helicóptero para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o homem que morreu tinha 37 anos e manuseava pólvora branca. Os dois conduzidos às unidades de saúde têm 25 e 45 anos e, conforme o Pronto Socorro do município, eles tiveram, respectivamente, 70% e 80% dos corpos queimados.

A reportagem foi informada pela PM que a ocorrência ainda está em andamento e que por isso não foi possível repassar os nomes das vítimas, o que impossibilita o hospital de informar o estado de saúde das vítimas.

A explosão ocorreu em um galpão onde estava os três trabalhadores, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Fábricas de Fogos de Artifício (Sindfogos). Por telefone, a entidade disse aoG1 que sente muito pela fatalidade, mas que não pode se manifestar mais sobre o assunto.

Mortes e medo
No ano passado pelo menos dez pessoas pediram demissão por medo de trabalhar no setor pirotécnico. A área emprega cerca de 15 mil pessoas no município, mas segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores das Fábricas de Fogos de Artifício (Sindfogos), as demissões ocorreram por insegurança depois da morte de quatro trabalhadoras no mês de julho de 2014, no Bairro Bela Vista.

Os funcionários alegam que não querem correr risco de morrer. Um exemplo é Tereza Maria da Conceição, de 36 anos. Ela perdeu a irmã na explosão em 2014. “Não quero isso para mim mais, saí de Alagoas para trabalhar e não para morrer como aconteceu com minha irmã. Depois disso eu quero procurar alguma outra coisa e, se não encontrar, volto para minha terra”, disse na época.
 
Desde 1999 o setor já contabilizou mais de 70 acidentes, alguns graves, incluindo queimaduras, perda de audição e visão, perda de membros, doenças causadas por inalação de fumaça entre outros. "É por medo que eu não quero mais voltar a trabalhar em fábrica", afirmou uma funcionária que pediu demissão e não quis se identificar.
Imprimir