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CPI do VLT deve convocar Eder e Riva apesar de prisões

Da Redação - Jardel P. Arruda

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do VLT, deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), afirmou que pretende convocar o ex-secretário Extraordinário da Copa Eder Moraes e o ex-deputado José Riva (PSD) para prestarem esclarecimentos, mesmo ambos estando presos. De acordo com o parlamentar, seria apenas uma questão de “data e hora marcada”.

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“Pretendo convoca-los. Depende, é claro, da aprovação dos outros membros da comissão. Mas não há problema nenhum de ambos estarem presos. Terão data e hora marcada”, afirmou o deputado, em entrevista na Assembleia Legislativa, na noite de quarta-feira (1).

Eder foi preso na manhã de 1º de abril, pela Polícia Federal, sob acusação de tentar se desfazer de seus bens através de “laranjas”. Já o ex-parlamentar José Riva encontra-se na unidade prisional desde 21 de fevereiro alvo da operação Imperador, deflagrada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado.

Para Oscar, os dois podem contribuir com informações relevantes, uma vez que Eder comandou o processo de licitação de VLT e José Riva foi o principal defensor escolha modal em detrimento do Bus Rapid Transport (BRT), que já possuía estudos por parte da predecessora da Secopa, a Agecopa.

Em um primeiro momento, Eder e Riva serão chamados na condição de testemunhas, não na condição de investigados. Contudo, em um segundo momento a situação pode ser diferente. “Primeiro precisamos coletar informações. Precisamos nos munir, nos preparar antes de chamar alguém na condição de investigado”, explicou.

Direcionamento

Para Oscar, fica clara a existência de algum tipo de direcionamento na licitação e inclusive o usa para justificar a existência da CPI. O procedimento foi denunciado como fraudulento, envolvendo altos valores de propinas, por setores da imprensa nacional e também pela ex-deputada Luciane Bezerra (PSB), esposa de Oscar, que 60 dias antes do certame usou a tribuna da Assembleia para dizer qual consórcio venceria a disputa para ficar com a obra.

“Se não houvesse direcionamento não estaríamos aqui investigando o VLT. Talvez o VLT já estivesse andando. Ou talvez fosse o BRT ao invés de VLT, já que era muito mais viável”, disse o deputado, com um leve sorriso no rosto e abrindo os braços em sinal de questionamento.
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