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Agro é um dos focos de programa de educação corporativa em MS

G1

O agronegócio tem um papel fundamental para a economia de Mato Grosso do Sul. O estado tem um dos maiores rebanhos bovinos do país, com cerca de 20 milhões de animais, é o quinto maior produtor de grãos e de cana-de-açúcar e um dos principais fabricantes de celulose. Apesar dessa representatividade, o segmento ainda enfrenta como um dos principais gargalos ao seu crescimento a carência de mão de obra especializada.

Em razão dessa lacuna, foi criado no estado um programa voltado para a educação corporativa, o Pro-Fissa, que tem como um dos focos principais o atendimento ao agronegócio. “A falta de preparo dos profissionais tem gerado uma alta rotatividade nas empresas e instituições. As pessoas saem do mundo acadêmico sem as ferramentas práticas para gerar resultados mais eficientes e agregar valor ao negócio”, aponta Regis Borges, especialista em gestão estratégica e marketing, superintendente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MS) e idealizador da iniciativa.

No trabalho voltado para o agronegócio os profissionais participantes recebem informações sobre gestão, produtividade e, principalmente, na geração de valor. “Trabalhamos educação corporativa preparando profissionais para que eles possam entregar resultados, com maior eficiência no trabalho, com foco em gerar valor no negócio em que eles estão envolvidos”, complementa Borges.

O superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Cultura, Turismo Empreendedorismo e Inovação do governo do estado, Renato Roscoe,  faz parte do quadro de facilitadores. “Queremos fomentar empresas mais produtivas, com padrão de valor melhor. Isso vai impactar diretamente na sociedade, que sente diretamente os benefícios de uma economia mais sólida, responsável, com resultados contínuos”, analisa Roscoe que já foi diretor-executivo da Fundação MS, instituição criada para implementação de tecnologias na agropecuária.

Conforme Roscoe, o treinamento fornece instrumentos que provocam mudança de comportamento e motivação ao profissional. “Isso gera ganho de produtividade para a empresa, que resulta, inclusive, em novos projetos de gestão e organização interna”.

A participação no Pro-Fissa motivou o engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação MS, André Lourenção, juntamente com o analista de Comunição também da Fundação MS, Diego Gamarra, a criar o projeto Máquina de Ideias, apresentado na Showtec 2015.

“O projeto tem como objetivo discutir, de formas diferentes, assuntos que são pertinentes ao agro e que eram debatidos, até então, sem apontarem, efetivamente, uma saída”, explicou Lourenção. Na Showtec, o projeto abordou mecanismos para mudar a visão negativa que a sociedade tem em relação ao produtor rural.

“A maior parte da população vê, no produtor, alguém que desmata florestas, que usa defensivos químicos de forma irresponsável, quando, na verdade, é ele quem mais cuida do meio ambiente, porque o uso dos recursos naturais de forma equilibrada impacta positivamente em seu negócio”, complementa.

O programa é aplicado em 36 horas de atividades divididas em dois fins de semana. A próxima turma do programa é voltada especificamente para o agronegócio e tem início no dia 10 de abril, sexta-feira.
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