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CUT, MST e Une realizam manifestações em várias cidades

G1

Terça-feira (7) começou com manifestações em várias cidades do país. Os atos são promovidos pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST e a Une, entre outros grupos, e contam com o apoio do PT. Eles defendem a Petrobras, uma reforma política, os direitos dos trabalhadores e o governo Dilma, mas atacam o ajuste fiscal. Os manifestantes também protestam contra o projeto de lei que autoriza a terceirização do emprego. 
Pela manhã, as manifestações se concentraram nos aeroportos, onde parlamentares embarcariam para Brasília. No aeroporto Luis Eduardo Magalhães, em Salvador, os manifestantes levaram faixas contra o projeto de lei 4330, que vai ser votado hoje à tarde no Congresso. Ele muda as regras da terceirização do trabalho no país. Mais tarde, manifestantes se reuniram em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia. Tanto a CUT, quanto a PM concordam que havia 60 pessoas nesse protesto.

Em Fortaleza também houve manifestação contra o projeto de lei da terceirização. Foi no Aeroporto Internacional Pinto Martins e, segundo os organizadores, 80 pessoas participaram. No aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, a CUT diz que 200 pessoas estiveram no protesto. Em Maceió, houve uma panfletagem em frente à sede da Casa da Indústria. No Rio de Janeiro, trabalhadores da Petrobras, operários terceirizados e representantes de sindicatos fizeram atos em defesa da democracia, da Petrobras e dos direitos dos trabalhadores.

Em São Paulo, a manifestação organizada pela CUT contou com a participação de outros movimentos ligados à saúde, como o Sindicato dos Médicos e a Pastoral da Saúde, da igreja católica. Uma das reivindicações é mais dinheiro para o SUS (Sistema Único da Saúde). Os manifestantes se reuniram em frente à Secretaria de Saúde do Estado. Faixas e cartazes pediam mais médicos e a defesa do SUS. Depois, os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas do centro de São Paulo. O trânsito ficou tumultuado e a polícia acompanhou para evitar confusão. Segundo os organizadores, mil pessoas estiveram no evento. Para a polícia militar, eram 350.

Em Brasília, a manifestação foi na área de desembarque do aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, também contra o projeto de lei que facilita às empresas a contratação de funcionários terceirizados. A polícia militar e os organizadores do ato estimaram que 60 pessoas participavam do protesto.

Lei 4330
A Câmara dos Deputados deve votar hoje o projeto que libera a contratação de mão de obra terceirizada. Parado há onze anos, o projeto entra em pauta com algumas mudanças. A principal é a permissão para que a terceirização seja permitida em todas as etapas da cadeia produtiva. Atualmente, a terceirização é regulamentada por uma súmula do Tribunal Superior do Trabalho que impede a contratação de terceirizados para executar a chamada "atividade- fim", ou seja, a atividade principal de uma empresa.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se reuniu com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, para tratar do assunto. Segundo o deputado, a principal preocupação do governo é em relação às regras para o recolhimento do INSS e do FGTS. A CUT, ligada ao PT, quer a adiar a votação da proposta. Já a Força Sindical é a favor da proposta.

Para o projeto começar a ser discutido no plenário, é preciso votar primeiro uma medida provisória que está trancando a pauta. De acordo com o presidente da Câmara, enquanto a regulamentação da terceirização não for votada, nenhum outro item será apreciado.
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