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Não penso muito na pressão de interpretar o Lula, diz ator

Folha Online

Ainda um rosto pouco conhecido do grande público, o ator Rui Ricardo Diaz foi o escolhido para representar o protagonista de "Lula, o Filho do Brasil".

Diaz teve um mês e meio para se preparar para o papel depois que o ator Tay Lopes teve que se desligar da produção em decorrência de motivos de saúde.

O ator reconhece que esse trabalho "é muito difícil, até pela dimensão desses personagens", mas afirma que não refletiu sobre a pressão de interpretar o presidente na juventude, por estar imerso no processo de filmagem.

"Pensei pouco sobre responsabilidade, até porque o Lula tem mais responsabilidade que eu", diz o ator, que ainda não conheceu Lula.

A interpretação, segundo Diaz, passa longe da imitação. "Não quero imitar nada. Tentamos fazer com que isso viesse naturalmente. Tento ser discreto, não posso ser mimético, não posso ficar fazendo uma caricatura".

Com relação à voz marcante de Lula, Diaz também disse que ela surgiu de forma "natural", no trabalho diário com o diretor Fábio Barreto.

Lula apartidário

Diaz explica que "Lula, o Filho do Brasil" termina em 1980, ano em que morre Lindu, a mãe do protagonista interpretada por Glória Pires.

"Grande parte das coisas que eu faço no filme é em função dela [Glória Pires], porque ela me deixa tão à vontade em todas as sequências. Ela vai construindo essa relação com uma delicadeza, ela é muito generosa."

Segundo o ator, o filme foca em "um Lula apartidário, quase apolítico, porque ele é um cara que não tem partido, ele não é de esquerda. Em entrevistas da época, perguntavam 'você é comunista?'. Ele falava 'não, sou torneiro mecânico'".
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