Do R7
Por exemplo, dos 33.497 pretendentes que querem adotar, 8.887 só aceitam crianças da raça branca — 26,7% do total. Outros 1.767 pretendentes só querem filhos adotivos da raça parda — 5,28% do total. O total de pais que só aceitam crianças negras chega a 569 — 1,7% do total.
Quando a pergunta aos pretendentes é se aceitariam crianças brancas, 91,5% dizem “sim” (30.674 pretendentes). Porém, se a raça da criança é negra, apenas 43,09% aceitam (14.434 pretendentes). Para crianças da raça amarela, 15.227 pretendentes aceitam (45,4% do total).
Os pretendentes que são indiferentes à cor da criança são 46,47% do total de pretendentes — ou 15.567 pessoas que pretendem adotar.
Quando à idade, a maioria dos pretendentes tem clara preferência por crianças mais jovens. Segundo o CNJ, 11,95% querem crianças que ainda não completaram 1 ano de idade; 17,23% aceitam bebês com 1 ano de idade; 19,46% topa adotar crianças de 2 anos de idade; e 20% gostariam de se tornarem pais de crianças de 3 anos de idade.
Para crianças com 14 anos de idade completos, porém, apenas 0,05% — ou 17 dos 33.497 pretendentes — topariam adotar com este perfil. No caso de crianças com 16 anos completos, o percentual é ainda menor — 0,04% ou 14 pretendentes.
Perfil das crianças
Entre os 5.687 bebês, crianças e adolescentes que constam no Cadastro Geral de Adoção, do CNJ. Ao todo, são 2.479 meninas e 3.208 meninos.
A maior parte é da raça parda — são 2.799 jovens ou quase metade do total. A segunda colocação pertence às crianças brancas, com 32,2% do total.
Bebês e jovens negros são 1.016 — ou 17,8% do total. A minoria é composta por crianças da raça amarela — com 21 crianças — e indígena — com 26.
Quanto à idade, a maioria tem 15 ou 17 anos de idade — são 645 pessoas em cada faixa etária.
Por outro lado, faltam bebês: são 21 crianças que ainda não completaram 1 ano de idade; 49 ainda não têm 2 anos; e 67 não chegaram aos 3 anos de idade.