Pouco depois do anúncio do governo federal de R$ 198,4 bilhões em projetos de investimentos em rodovias, aeroportos, ferrovias e portos, iniciou-se um corre-corre pela paternidade. As assessorias dos senadores Blairo Maggi e Wellington Fagundes, ambos do PR, e dos deputados federais Carlos Bezerra (PMDB), Ezequiel Fonseca (PP) e Ságuas Moraes (PT) logo trataram de elaborar textos otimistas recordando antigas reivindicações dos parlamentares.  E, não raras vezes, as assessorias lembravam de reuniões dos deputados e senadores, numa demonstração de sintonia com o ministro Joaquim Levy, da Fazenda. A pergunta que fica: se os investimentos em infraestrutura só saíram porque os parlamentares solicitaram ao governo Dilma, então por que demoraram tanto? Somente o discurso de retomada do crescimento econômico não “cola” mais.