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Dunga não divulga time, mas promete evolução do Brasil: “Será bem melhor”

Globo Esporte

É segredo. E Dunga não conta a ninguém. A rotina do treinador de segurar a escalação da equipe continua. Na tarde desta terça-feira, ele concedeu entrevista coletiva antes do último treino para a partida contra a Colômbia, nesta quarta, pela segunda rodada do Grupo C da Copa América, e não divulgou a formação que escolherá. O meia Philippe Coutinho, recuperado de um edema na coxa, está liberado para jogar, mas não se sabe se será titular ou se Fred continuará no time.   

- Está recuperado, integrado no grupo, vamos decidir a equipe no treinamento – frisou.   

Pela entrevista concedida após a vitória apertada sobre o Peru na estreia, por 2 a 1, e pelo discurso desta terça, é pouco provável que ele faça mudanças. Dunga garantiu uma coisa: segundo ele, após os erros e o nervosismo da estreia, a Seleção jogará melhor.   

- A gente vai tentar melhorar a parte técnica, erramos alguns passes, é normal para a estreia, pela ansiedade de querer jogar e vencer. É natural que nesse jogo a gente aprimore isso pela qualidade que os jogadores têm. Vai ser um jogo bem melhor. 

Falou-se muito sobre o excesso de faltas nos primeiros jogos da Copa América, tema que dominou a entrevista do técnico brasileiro. Sobre o assunto, ele se mostra tranquilo.  

- Eu falo para os jogadores que não podem se preocupar com isso, têm que se preocupar em jogar. Os juízes vão preservar os jogadores, isso que nos foi passado. Temos que confiar. Que seja tranquilo e sem muitas faltas. 

A provável escalação do Brasil contra a Colômbia: Jefferson, Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Fernandinho, Elias, Fred e Willian; Neymar e Diego Tardelli. O jogo será no estádio Monumental de Santiago, às 21h (de Brasília). 

Confira outros trechos da entrevista de Dunga:

Colômbia diferente após derrota na estreia   

A partida é a mesma, rivalidade desde o confronto na Copa. Dentro da Copa América, por não ter tido um resultado positivo, estarão mais determinados. Jogo difícil como todos têm sido na Copa América.   

Equilíbrio emocional do time   

Até pelo fato de alguns jogadores terem vivido aquilo (derrota na Copa do Mundo), de certa forma ajudou. O que a gente tenta passar no dia a dia são as dificuldades que vamos enfrentar sempre. Não podemos mudar nossa postura, não podemos sair do que treinamos e planejamos. Sempre é difícil sair atrás e recuperar. Ideal, pela qualidade, é sair na frente. Quando não dá, tem que criar alternativas para buscar o resultado.   

Surpresa com o México   

Todas as equipes estão jogando bem, sólidas. Muitas vezes nós temos opiniões sem conhecer as equipes, caso do México. Muitas vezes estamos muito atentos aos times mais tradicionais. E não acompanhamos o trabalho feito pela Bolívia, que tem qualidade também. Todas as equipes. Nada surpreende mais no mundo. Temos que estar muito atentos.   

Saudade do assédio   

Saudade eu tenho do campo, do trabalho, do dia a dia. Isso faz parte, a imprensa. Não diria que é saudade, mas reconhecimento ao futebol brasileiro, à seleção brasileira, independentemente de quem está no comando ou jogando.   

Privacidade   

Não é esconder. Todo mundo tem que ter privacidade. Você precisa se concentrar. Em alguns momentos, é bom o calor da torcida. Em outros, é bom ter a tranquilidade para trabalhar, concentrar no trabalho, sem se preocupar com o que está ao redor. É como um trabalho qualquer. É só um aspecto para ter privacidade e trabalhar.   

Nível técnico da Copa América   

O futebol está globalizado, muitos jogadores competitivos, campo muito rápido. Você tem que jogar até o último minuto.   

Nunca perdeu para Colômbia como jogador ou técnico   

Acho que respeitam o Brasil como o Brasil respeita a Colômbia. Passado é passado. Se fosse bom, seria presente. Não tem presente, hoje ninguém te dá nada.   


Jogadores colombianos em grandes centros   

Não é só a Colômbia. Hoje você vê a quantidade de chilenos, equatorianos. Isso dá confiança para eles. Isso sem falar da qualidade de informações que você tem hoje. Na minha época, técnico mentia e eu acreditava. As informações mudaram bastante o futebol.   

Mudanças desde a Copa   

Brasil mudou muita coisa. Mudamos a cada dia, a cada treinamento. Seguramente temos uma equipe mais confiante, mais madura por tudo que passou, assim como a Colômbia. Por isso temos que aprender mais a cada dia. Perdemos cinco jogadores quase na véspera de uma competição e continuamos fortes, continuam os jogadores determinados. Continua competitiva a equipe.    

Maior preocupação com a Colômbia   

Todos eles. Pela qualidade, capacidade que a equipe tem. Hoje o futebol é muito competitivo. Temos de ter jogadores de alto nível, que conseguem jogar em espaço reduzido. Todos esses jogadores têm essa capacidade e essa qualidade.   

Desespero da Colômbia   

Eu acho que depende do ponto de vista. Não acredito que vai mudar tanto assim. A pressão persegue qualquer seleção que tenha um resultado negativo. Todos que estão ao redor do futebol. Quem está no comando tem que ter a tranquilidade, o equilíbrio de saber o que tem que ser feito, as medidas que têm que ser tomadas. Quem está de fora acha que tem que mudar tudo. Todo mundo joga compacto, saindo em velocidade. Imagina se uma empresa que perdesse audiência trocasse tudo. 
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