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Suíça encontra 53 transações bancárias suspeitas em investigação da Fifa

R7

Promotores suíços que investigam a corrupção na Fifa identificaram 53 transações bancárias suspeitas, disse o procurador-geral do país nesta quarta-feira (17), ressalvando que uma investigação complexa pode levar um longo tempo para ser concluída.

Michael Lauber disse a jornalistas que não descarta a possibilidade de interrogar o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, embora até agora a Suíça não tenha se concentrado em qualquer pessoa específica no escândalo que abalou o futebol mundial.

— Estamos diante de uma investigação complexa, com muitas implicações internacionais. Não seria profissional apresentar, neste momento, um calendário detalhado. O mundo do futebol precisa ser paciente. Por sua natureza, esta investigação vai levar mais do que os lendários 90 minutos.

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Também nesta quarta-feira, o terceiro maior banco listado na Suíça, o Julius Baer, informou que abriu uma investigação interna em conexão com a Fifa. A instituição informou que está cooperando com as autoridades e não especificou quando iniciou a investigação.

O procurador-geral foi claro sobre a possível convocação de Blatter e Valcke, entre outros, para interrogatório.

— Haverá entrevistas formais com todas as pessoas relevantes. Por definição, isso não exclui entrevistar o presidente da Fifa e isso não exclui entrevistar o secretário-geral da Fifa.

Lauber disse que sua equipe havia obtido provas de 104 relações entre bancos e clientes, cada uma das quais representa várias contas. A Agência Contra a Lavagem de Dinheiro, da Unidade de Inteligência Financeira da Suíça, identificou as 53 transações suspeitas destacadas com base em informações fornecidas pelos bancos.

A Suíça, onde fica a sede da Fifa, anunciou no mês passado a abertura de uma investigação criminal sobre a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar) e apreendeu computadores na sede da entidade, no mesmo dia em que os Estados Unidos abalaram o esporte com o anúncio do indiciamento de 14 dirigentes e empresários de marketing do futebol, incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Dois dias depois, Blatter foi reeleito para um quinto mandato, mas na semana seguinte anunciou sua renúncia ao cargo.
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