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Senador de Mato Grosso fica ‘sitiado’ na Venezuela junto com comitiva

De Sinop - Alexandre Alves

O senador José Medeiros (PSS) está integrando uma comitiva de senadores da oposição que foi à Venezuela, nesta quinta-feira, acompanhar atos políticos contra o presidente Nicolás Maduro. Os parlamentares brasileiros foram impedidos por um grupo de manifestantes de acessar uma rodovia que liga o aeroporto a Caracas, e resolveram voltar para o terminal, onde estariam ‘sitiados’.
 
Antes de embarcar em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) rumo ao país vizinho, José Medeiros postou mensagem em seu perfil em uma rede social, dizendo que entre as atividades que teriam em Caracas, estava previsto um ato com as esposas de políticos presos e defesa, junto aos meios de comunicação venezuelanos, da liberdade e da democracia.

“O Brasil tem a obrigação de se posicionar contra a violação dos direitos humanos e contra a ausência de liberdade de expressão que ocorre no país vizinho”, escreveu. Depois do incidente diplomático na capital venezuelana, Medeiros publicou no Twitter: "Seguimos firmes na disposição de visitar Leopoldo Lopez". 

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Medeiros está junto com Aécio Neves, Cássio Cunha Lima e Aloysio Nunes, do PSDB, José Agripino e Ronaldo Caiado, ambos do DEM, Ricardo Ferraço (PMDB) e Sérgio Petecão (PSD). Após pousarem, os senadores foram para um micro-ônibus. Mas, previamente, na saída do aeroporto, o veículo com os parlamentares foi cercado por dezenas de partidários de Maduro, que bateram no veículo gritando: "Chávez não morreu, se multiplicou".
 
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), anunciou que vai cobrar uma reação altiva do governo brasileiro quanto aos gestos de intolerância narrados pela comitiva que se encontra em Caracas. Há relatos de hostilidades, intimidações, ofensas e suposto apedrejamento do veículo.
 
"As democracias verdadeiras não admitem conviver com as manifestações incivilizadas e medievais. Elas precisam ser combatidas energicamente para que não se reproduzam”, diz a nota lida por Renan, em plenário,  repudiando os episódios ocorridos em Caracas.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, o senador Aloysio Nunes disse que foi uma clara armação: "armaram uma ratoeira para nós". Segundo o senador, o ataque foi bastante ameaçador. "Gritavam palavras de ordem, tacaram pedras na porta, nos vidros. Uma atitude muito ameaçadora contra nós e três senhoras venezuelanas que nos acompanhavam, esposas de presos políticos".

O senador Aécio Neves informou, por meio de sua conta no Twitter, que eles tentaram novamente, no final da tarde, chegar ao presídio onde estão os presos políticos, mas bloqueios e trânsito caótico fizeram os senadores brasileiros mudarem de ideia e retornar ao Brasil. "Tentamos ir para a penitenciária novamente. Mas o trânsito, ainda sob influência dos bloqueios, tornou impossível. Voltamos para o aeroporto e devemos embarcar de volta em alguns minutos", twittou.
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