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Senadores relatam ‘tensão’ dentro de ônibus após cerco e pedradas na Venezuela

De Sinop - Alexandre Alves

Os parlamentares brasileiros que visitaram a Venezuela, nesta quinta-feira (18), e foram cercados por manifestantes favoráveis ao governo de Nicolás Maduro, relataram, nas redes sociais, momentos de tensão dentro de um micro-ônibus. O veículo parou em um congestionamento e foi rodeado por cerca de 50 pessoas, que atiraram pedras e bateram nos vidros, gritando e fazendo ameaças.
 
O senador mato-grossense José Medeiros (PPS) relatou que eles foram ‘sitiados’ por manifestantes venezuelanos. “Ficamos presos. Sequer tivemos apoio da embaixada brasileira”, comentou em um post no Facebook. “Colocaram somente seis policiais para nos proteger dos manifestantes”, reclamou.

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Medeiros estava junto com Aécio Neves, Cássio Cunha Lima e Aloysio Nunes, do PSDB, José Agripino e Ronaldo Caiado, ambos do DEM, Ricardo Ferraço (PMDB) e Sérgio Petecão (PSD). Eles foram tentar visitar Leopoldo Lopez, líder do partido opositor Vontade Popular, que está preso por ordem judicial, acusado de incitar a violência em manifestações contra Maduro. Como não conseguiram chegar à penitenciária, os brasileiros retornaram à Brasília ontem à noite.
 
Em entrevista à rádio Jovem Pan, o senador Aloysio Nunes (PSDB) disse que a manifestação foi uma clara armação: "Armaram uma ratoeira para nós". Segundo o senador, o ataque foi bastante ameaçador. "Gritavam palavras de ordem, tacaram pedras na porta, nos vidros. Uma atitude muito ameaçadora contra nós e três senhoras venezuelanas que nos acompanhavam, esposas de presos políticos".
 
A esposa de Leopoldo Lopez teria entrado em pânico quando percebeu que a van fora cercada por manifestantes “pró-Maduro”. Ela temeu ser reconhecida e agredida, já que o marido dela é ferrenho opositor do governo venezuelano.
 
Aécio Neves (PSDB) também foi outro que reclamou de ‘truculência’ dos manifestantes. Conforme o senador mineiro, o micro-ônibus foi ‘atacado’ e o motorista se viu obrigado a retornar ao aeroporto, que era a única via livre.
 
Os senadores retornaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e passam a cobrar posicionamento da presidente Dilma Rousseff.
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