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Uruguaios reclamam de Ricci e pedem sanção a Jara por humilhação a Cavani

Globo Esporte

Os uruguaios reconheceram que mereceram a derrota para o Chile por 1 a 0, na noite da última quarta-feira, no Estádio Nacional de Santiago, pelas quartas de final da Copa América. Mas nenhum deles ficou satisfeito pela forma como tudo aconteceu. As expulsões de Cavani, aos 17 minutos do segundo tempo, e Fucile, aos 44, pelo árbitro brasileiro Santo Meira Ricci foram muito questionadas por jogadores e dirigentes da Celeste depois da partida. A promessa é de pedido formal à Conmebol de punição ao juiz.

- A arbitragem foi uma vergonha. A sensação já não é boa com o resultado, mas o juiz intensificou mais esse sentimento. Vamos analisar em detalhes se denunciamos a atuação do juiz - disse Wilmar Valdez, presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), na saída do estádio.

Além disso, os atuais campeões do torneio se despediram da disputa pedindo punição ao zagueiro chileno Jara pela dedada que deu em Cavani antes da expulsão do atacante.

- O árbitro influenciou negativamente na partida. As imagens falam por si só na expulsão do Cavani. A imagem é mais representativa do que mil palavras minhas. Esperemos que a Conmebol atue. A expulsão de Fucile não foi nem falta. Isso é futebol - disse Godín, zagueiro e capitão do Uruguai, na zona mista.

Rafael Fernández, vice-presidente da AUF, foi ainda mais claro e direto na descrição da expulsão de Cavani. 

- Eu vi o que fez o jogador chileno no Cavani. Na verdade, é humilhante, muito pior do que a mordida de Suarez. Literalmente, fez um exame retal. Foi terrível. Não pode ser que isso aconteça - disse Rafael Fernández, vice-presidente da AUF.

Além da punição no jogo, Cavani ainda vai sofrer sanção automática de uma partida pelo menos que vai ter que cumprir no início das eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Como xingou o árbitro antes de sair de campo, agressão verbal que também foi imputada a Neymar em Brasil x Colômbia e que acabou o suspendendo por quatro confrontos pela Seleção, o atacante uruguaio corre o risco de pegar mais também. Duro golpe para a Celeste, desfalcada de Suárez por mais dois compromissos.

TABÁREZ RECLAMA DE FALTA DE CRITÉRIO DA ARBITRAGEM

Quem também atacou o árbitro foi o treinador Óscar Tabárez. Na entrevista coletiva, foi taxativo em relação a o que os uruguaios acharam como influência do árbitro no desenrolar da partida.

- Queria saber o que aconteceria se jogassem 11 contra 11. Quando uma falta comum é amarelo para um lado e nada para o outro... No primeiro tempo, o Chile parou sete jogadas com faltas intencionais e não houve consequências. Na primeira de Cavani, botando o corpo na frente, e o adversário se joga contra ele, dão amarelo. Quando as coisas que determinam expulsões não são sequer falta, fica um sabor amargo - disse o treinador.

O Maestro também mostrou sua elegância, pedindo desculpas por ter saído da área técnica durante a confusão gerada em campo com a expulsão de Fucile quase no fim do jogo.

- Peço desculpas por sair da área técnica. Fui para que as coisas não ficassem piores. Disse ao árbitro que ele expulsou um jogador que não tinha feito falta.

 
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