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Notícias / Ciência & Saúde

Bebê não pode mandar na casa, defendem autoras de best-sellers sobre maternidade

Enzo Menezes, do R7

Quando chega o bebê, uma revolução - nunca silenciosa - toma conta da casa. Para entender o que acontece e buscar os melhores caminhos para educar os filhos, milhões de pais ao redor do mundo recorrem aos livros "Encantadora de Bebês", de Melinda Blau, e "Crianças Francesas Não Fazem Manha", de Pamela Druckerman.   

As duas jornalistas americanas, autoras dos best-sellers sobre comportamento infantil, participam de um encontro com mães neste sábado (11), em Belo Horizonte, para trocar experiências sobre as delícias e dores da maternidade. É o 1º Seminário Internacional de Mães, organizado pela Pais & Filhos.

Em entrevista ao R7, Pamela e Melinda garantem que os recém-nascidos compreendem o afeto e são atentos aos ensinamentos dos adultos - em qualquer idioma, onde quer que você esteja. 

O sonho de toda mãe - ter um bebê que durrma bem durante a noite e se alimente sem fazer muita manha - pode ser alcançado se os pais conseguirem construir uma rotina suave com os filhos, destaca Melinda Blau.   

— O bebê é parte da casa, não o dono dela. Ele não pode se tornar o bebê-rei, e são os pais que o ensinam a ter responsabilidade. A família é um laboratório em que aprendemos a conviver com o outro.    


A chegada do recém-nascido muda a rotina do lar e o relacionamento do casal, mas não pode "esfriar" a relação dos pais, aponta a autora.    

— Os casais precisam ter um tempo para si. Se não cuidarem da relação, isso vai ser ruim para eles e também para o bebê.       

O que podemos aprender com os franceses?   

Enquanto morou na França, Pamela Druckerman se surpreendeu com a educação das crianças francesas, que comiam de tudo e pareciam menos manhosas. Ainda assim, tinham mais liberdade que as crianças americanas na mesma idade. Ela decidiu investigar este comportamento e se tornou uma das autoras mais bem-sucedidas sobre maternidade.  

— Os franceses não são bons em tudo, mas são mestres em aproveitar a vida, em curtir cada momento, em ter prazer. As crianças comem melhor porque desde cedo aprendem o valor de fazer as refeições em família, aproveitar a comida, reconhecer os sabores. É uma experiência prazerosa. E nunca comem "lanchinhos" entre as refeições.   

Para os franceses, é "loucura" encher o dia da criança de atividades como fazem brasileiros e americanos.   

— Eles rejeitam a ideia de manter a criança ocupada o tempo todo nas horas livres, como aulas de inglês, esportes, música. As escolas já têm atividades extras, não há a necessidade de preencher todo o resto. Deixe que eles brinquem e aprendam também a ficar sozinhos, não precisam ser estimulados o tempo todo.    
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