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Técnicos tentam convencer deputados a retirar emendas da LDO; oposição ameaça obstruir

Da Reportagem Local - Laíse Lucatelli // Da Redação - Ronaldo Pacheco

Desde as primeiras horas desta quinta-feira (16), técnicos da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) e das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ), e da Comissão de Fiscalização de Acompanhamento de Execução Orçamentária (CFAEO) estão conversando individualmente com os deputados estaduais sobre as emendas apresentadas por cada um.
 
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Os deputados estaduais Wilson Santos (PSDB), líder do Executivo na Casa, e Dilmar Dal’Bosco (DEM), presidente da CCJ, fazem a explanação política de cada caso. No diálogo, são especificados os motivos que supostamente tornam ilegais ou inexeqüíveis as emendas a serem retiradas ou rejeitadas.
 
“Emendas rejeitadas em plenário da Comissão [de Fiscalização da Execução  Orçamentária] não têm como serem reaproveitadas. O que foi rejeitada, já era”, alertou Dilmar Dal’Bosco.
 
Os deputados estaduais Emanuel Pinheiro (PR), Zé Carlos do Pátio (SDD) e Zeca Viana (PDT) não concordam com a forma de encaminhamento. Eles criticaram o líder Wilson Santos por mudar “as regras do jogo” após a aprovação da LDO, em primeiro turno, nesta quarta-feira (15). Na Tribuna, Santos agradeceu aos colegas quanto a abertura para discussões e defendeu que o diálogo garante a LDO 'aperfeiçoada' e 'aprimorada'.  "Temos um espaço para dirimir dúvidas", finalizou. 
 
“O que me revoltou e a alguns colegas foi a forma como o líder do governo conduziu as conversações. Fizemos acordo... tanto que a LDO foi aprovada, em primeira votação. Na Comissão de Fiscalização, mudou tudo, porque Wilson tumultuou”, argumentou Zeca Viana.
 
No total, foram 124 apresentadas à LDO para o ano que vem. Pelo crivo da CCJ, passaram 76 propostas, enquanto na CFAEO foram apenas 57. A reportagem do Olhar Direto apurou que, por conta do arrocho na busca pelo equilíbrio fiscal, o Palácio Paiaguás deseja que sejam inseridas menos de 20 emendas à LDO para 2016.

Por volta das 11h40 de hoje, o presidente da Casa de Leis, deputado Guilherme Maluf (PSDB) requisitou a suspensão da sessão, por dez minutos, e solicitou reunião com os parlamentares.
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