Uma confusão registrada na madrugada de hoje, 20 de julho, terminou com dois disparos no interior da boate sertaneja Valley Pub, instalada na avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá. A confusão, registrada por volta das 5h da manhã, envolveu um aspirante da Polícia Militar identificado como M.S., de 28 anos, e um representante comercial, C.O.S., de 42 anos.
 
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De acordo com o relato descrito pelos policiais militares que atenderam a ocorrência, a equipe foi acionada para atender a uma denúncia de disparo de arma de fogo no interior do estabelecimento comercial.
 
A vítima, vendedor de 42 anos, declarou que estava em um camarote quando o aspirante passou a incomodar as meninas que o acompanhavam. Na confusão, o policial teria ainda quebrado uma garrafa e os estilhaços feriram o rosto do vendedor. Na sequência, disparos foram efetuados em direção ao homem de 42 anos.
 
Pouco depois, o aluno oficial da Polícia Militar deixou o local. Ele apresentou-se horas depois na Delegacia de Várzea Grande e poderá responder pelo crime de tentativa de assassinato.
 
Além da vítima, representantes da empresa e funcionários se deslocaram para a Central de Flagrantes.
 
Valley Pub
 
Irritado com a situação, um dos proprietários do estabelecimento comercial, Zeca Paniago, declarou ao Olhar Direto que o estabelecimento comercial não pode impedir que um militar entre em um estabelecimento com a arma. Questionado sobre pessoas feridas, ele argumentou que o eopisídio não resultou em vítimas. "Não machucou ninguém", asseverou.

Para Zeca, é impossível dissociar a responsabilidade do Estado em situações como essa: "Isso é uma responsabilidade do Estado. Não se poderia permitir a entrada de pessoas em estabelecimentos comerciais que vendem bebida alcóolica. Não há justificativa para uma ação como essa. Eu sigo a lei e sou submetido a esse tipo de ação. Sigo a lei para dar oportunidade que isso ocorra".