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Menor que jogou ovos em viatura relata agressão: 'Não me arrependo'

G1

Uma das adolescentes que jogaram ovos em uma viatura da Polícia Militar em Olímpia (SP) e depois foram filmadas, supostamente por um policial, sendo obrigadas a pedir desculpas afirma que ela e as amigas apanharam de policiais. “Eles nos pegaram dentro de uma loja, nos levaram para delegacia, mandaram a gente subir uma escada e, quando subimos, começaram a agredir a gente. O policial pegou o chinelo da minha amiga e bateu na nossa cara para gravar o vídeo”, afirma.

A garota, de 15 anos, nega estar arrependida pelo ato de vandalismo. “Eu me arrependi no começo, mas depois que eles nos agrediram e fizeram o filme, não me arrependo nem um pingo”, diz.

O vídeo que circula na internet é dividido em duas partes. Na primeira, uma adolescente filma três amigas atirando ovos na viatura da polícia que estava estacionada em frente à delegacia da cidade. Na segunda parte do vídeo, as três meninas reaparecem sentadas no chão, aparentemente na delegacia. Elas choram, se xingam e pedem desculpas: “Sou uma babaca, uma vaca e não vou mais jogar ovo na viatura". Uma delas inclusive está algemada.

A Polícia Militar está investigando o caso. A corporação quer se as garotas realmente foram agredidas por policiais e obrigadas a pedir desculpas. A corporação também apura se o vídeo foi gravado por um policial. “O vídeo é de conhecimento do Comando [da Polícia Militar] e foi instaurado um procedimento administrativo para fazer a apuração da conduta do ocorrido. Temos de apurar se o vídeo foi feito por um policial e se foi dentro da delegacia mesmo. Vamos apurar o que aconteceu e, posteriormente, qual a postura que a polícia vai tomar a respeito disso”, afirma o tenente da Polícia Militar Marlon de Assis Magro.

Segundo o tenente, se o vídeo foi gravado realmente por um policial, ele poderá ser punido pelo Comando da PM. “A questão de punição fica definida pelo regulamento interno da Polícia Militar, se for realmente o policial, quem define a punição é o comando da polícia”, afirma o tenente.
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