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Sérgio Moro renova prisão de chefe da Odebrecht e de mais quatro executivos

R7

O juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na Justiça Federal de Curitiba (PR), decidiu renovar, nesta sexta-feira (24), a prisão preventiva do presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, e de mais quatro executivos da empreiteira.

Todos são suspeitos de envolvimento com os esquemas de pagamentos de propina e corrupção identificados pela PF (Polícia Federal) e pelo MPF (Ministério Público Federal). Não há prazo para expirar o prazo da prisão preventiva.

Além de Marcelo Odebrecht, também foram alvo de nova prisão preventiva os executivos Rogério Santos de Araújo; Márcio Fária da Silva; Cesar Ramos Rocha; e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar. O chefe da empreiteira está preso na carceragem da PF em Curitiba desde o dia 19 de junho.

A principal razão da nova prisão dos executivos, segundo Moro, foi a descoberta de contas no exterior mantidas pela Odebrecht para pagamento de propina para ex-diretores da Petrobras.

— Pelo relato das autoridades suíças e documentos apresentados, há prova, em cognição sumária, de fluxo financeiro milionário, em dezenas de transações, entre contas controladas pela Odebrecht ou alimentadas pela Odebrecht e contas secretas mantidas no exterior por dirigentes da Petrobras.

O magistrado continua: "Trata-se de prova material e documental do pagamento efetivo de vantagem indevida pela Odebrecht para os dirigentes da Petrobrás, especificamente Paulo Costa, Pedro Barusco, Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada". Ainda de acordo com o despacho de Moro, os executivos da Odebrecht oferecem "riscos à ordem pública, à instrução criminal e à aplicação da lei penal". 

Ontem, a defesa de Marcelo Odebrecht entrou com um pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Foi a terceira tentativa de libertação do chefe da maior empreiteira do País, uma vez que pedidos djá haviam sido negados pela Justiça Federal no Paraná e no Tribunal Federal Regional da 4ª Região.
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