Imprimir

Notícias / Cidades

DHPP ouve equipe técnica e testemunhas sobre caso de homem enviado vivo ao necrotério

Da Redação - Wesley Santiago

A delegada Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), irá ouvir na próxima semana a equipe técnica e também testemunhas apontadas pela família de Vitalino Ventura da Silva, de 58 anos, que foi enviado vivo ao necrotério. Ao Olhar Direto, ela ressaltou que ainda é cedo para ter algum direcionamento sobre o caso, mas o importante é descobrir se a ação foi um dos motivos que levou a morte do homem. A médica, que foi afastada, deverá ser a última a ser ouvida.

Leia mais:
Médica que assina atestado de óbito de homem enviado vivo ao necrotério o PSM é afastada
 
“Nós ouvimos os dois filhos do homem. Porém, eles não passaram nenhuma informação sobre o momento da morte, já que eles não estavam lá quando o corpo foi enviado ao necrotério. Eles disseram o mesmo que já sabíamos. Ainda é cedo para termos algum direcionamento. Vamos começar a ouvir a equipe técnica na semana que vem e também testemunhas da família”, explicou a delegada.
 
Anaíde ainda acrescentou que “já temos a causa da morte, mas o principal é saber se a ida ao necrotério com ele vivo, contribuiu para a morte dele posteriormente. A filha já nos disse que antes disto, ele tinha sofrido uma parada cardíaca, acharam que ele estava morto, mas acabou voltando a vida. Depois, aconteceu novamente, só que desta vez ele foi enviado ao necrotério. Isso é algo que ainda precisamos confirmar”.
 
O caso
 
Vitalino deu entrada no PSMC no dia 17 de julho, apresentando um severo quadro de dificuldade respiratória. Vítima de câncer na laringe, ele respirava com ajuda de aparelhos e não falava mais.  Na sexta-feira, 17, após sofrer duas paradas respiratórias ele foi levado ao necrotério do Pronto-Socorro, porém, graças a um vídeo gravado por um rapaz que passava pelo local, constatou-se que ele estava vivo. Após a constatação, ele foi retirado do local. Porém, alguns dias depois, ele faleceu.

A médica que assinou o atestado de óbito de Vitalino Ventura da Silva, foi afastada por 15 dias de sua função enquanto uma sindicância interna apura possíveis irregularidades na conduta da profissional. Caso seja necessário mais tempo para terminar a investigação, o afastamento pode ser prorrogado.
Imprimir