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Notícias / Ciência & Saúde

Família busca ajuda para bebê que nasceu com má formação no nariz

G1

Uma família de Santos, no litoral de São Paulo, busca ajuda para tratar da pequena Isis Oliveira Lopes Santos, de apenas um mês e meio de idade. Ela nasceu com uma má formação no nariz e necessita de tratamento especializado. Por conta do problema, a bebê sofre falta de ar e não se alimenta como deveria, já que precisa intercalar a amamentação com longos períodos para respirar pela boca. As narinas de Isis são extremamente pequenas e impedem uma respiração adequada.

Segundo um encaminhamento feito pela Santa Casa de Misericórdia de Santos, onde a criança nasceu, no dia 9 de junho, ao Hospital das Clínicas, em São Paulo, Isis apresenta uma displasia internasal, com a presença de cútis gyrata (crescimento excessivo de pele). O médico da unidade pediu uma avaliação detalhada, pois suspeitou de uma “provável fissura de classificação de tessier”, relacionada a problemas faciais.

O receituário emitido no litoral paulista data do dia 13 de junho, quatro dias após o nascimento da criança. A mãe de Isis, Geovana Santos de Oliveira, de 17 anos, revelou que não teve condições financeiras de ir até a capital paulista, mas conseguiu ajuda no interior do Estado. “Eu moro com a minha mãe. Eu e meu namorado estamos desempregados. Não fui até São Paulo porque consegui transporte e avaliação gratuita em um hospital de referência em Campinas”, explica.




No dia 20 de julho, Geovana levou a filha até o Hospital SOBRAPAR, instituição privada e filantrópica que oferece tratamentos cirúrgicos e reabilitação a pacientes com deformidades craniofaciais congênitas ou adquiridas. Na unidade, ela recebeu a notícia, pouco animadora, de que teria de esperar a criança completar oito anos para iniciar um tratamento. Enquanto isso, a recomendação seria aplicar soro fisiológico no nariz da filha.

“Será mesmo que eu tenho que esperar tudo isso? Porque a minha filha não consegue se alimentar direito!", questiona a mãe. "Ela acorda toda noite com o nariz entupido, sufocada. É um desespero total”, acrescenta.

Aparentemente, a criança não possui o osso nasal e apresenta excesso de pele na região do nariz. A mãe explica ainda que é possível ver que ela possui o céu da boca perfeito. Durante a gestação, no entanto, os médicos que acompanharam a jovem suspeitaram de que o bebê poderia nascer com síndrome de Down. Após o exame cariótipo, que permite o estudo dos cromossomos, essa hipótese foi descartada.

“Quando ela nasceu, não me disseram nada na hora. Só depois de alguns dias internada é que me falaram que ela tinha um ‘probleminha’, mas não explicaram. Quando eu a vi, fiquei perdida”, lembra Geovana. A família não possui plano de saúde e busca ajuda para a avaliação de outros especialistas. "Eu quero ajudar minha filha a resolver esse problema. Preciso saber qual a causa disso e fazer alguma coisa, para que ela não sofra por tantos anos", conclui.
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