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Notícias / Ciência & Saúde

XII Congresso Brasileiro de Aterosclerose fala sobre os efeitos do envelhecimento sobre a doença

Da Redação/Chico Damaso

Um dos destaques do XII Congresso Brasileiro de Aterosclerose, que acontece em Campinas, de 6 a 8 de agosto, será a discussão sobre a prevalência da doença em pacientes com a idade avançada. Segundo o palestrante, dr. Alberto Liberman, professor adjunto da Faculdade de Medicina da PUC Campinas e diretor científico do departamento de cardiogeriatria da Sociedade Brasileira de Cardiologia, quanto mais idoso, maior a probabilidade de doença aterosclerótica.

A idade, aliás, é o principal fator de risco para a doença arterial coronária, o acidente vascular cerebral e a doença arterial periférica, todas elas importantes causas de mortalidade e incapacidade do paciente idoso.

É fundamental, portanto o diagnóstico e correção dos fatores de risco no paciente idoso e o diagnóstico da aterosclerose na fase subclínica antes das manifestações clínicas, geralmente catastróficas nesta faixa etária. O debate incluirá os métodos
de diagnóstico da doença subclínica, como eletrocardiograma, ultrassom das carótidas, tomografia computadorizada do crânio, ecocardiograma e escore de cálcio cardíaco.

A doença subclínica é um relevante fator de risco e as modificações do estilo
de vida e de medicamentos podem prevenir a sua evolução. O diagnóstico precoce e a prevenção, alerta dr. Liberman, são de extrema importância visto que a doença arterial coronária
é silenciosa em grande parte dos pacientes idosos. “Cerca de 40% dos pacientes apresentam aterosclerose sem manifestação clinica, ou seja, sem nenhum sintoma que sugira a doença”.

Ainda no evento, serão enfatizadas a importância do estilo de vida, a correção agressiva dos fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias. Será enfatizada a importância do envelhecimento saudável, com uma vida sem incapacidades ou dependências, além do inestimável valor da avaliação médica periódica mesmo nos idosos que se julgam saudáveis.

Aterosclerose

A doença afeta o organismo como um todo, acometendo diversos territórios vasculares, geralmente sem oferecer sintomas. As manifestações normalmente acontecem quando há infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou doenças arteriais periféricas.

Por este motivo, antes de esperar uma consequência mais séria, os pacientes devem consultar regularmente um especialista, e seguir suas recomendações corretamente.

“Hoje, existem métodos para diagnóstico dessa aterosclerose subclínica. Uma vez confirmada, há terapêuticas efetivas que podem retardar a sua evolução”, adianta o especialista.
Além das medidas terapêuticas, é fundamental a mudança no estilo de vida para que ocorra um envelhecimento saudável. Isso significa adotar uma dieta pobre em gorduras, longe do tabagismo, e evitar uma vida sedentária, praticando atividade
física regular, afastando, assim, o risco da obesidade.

É importante ressaltar que a doença subclínica está presente em 40% dos pacientes com mais de 65 anos, segundo o estudo epidemiológico Cardiovascular Heart Study.
Algumas particularidades no paciente idoso precisam ser sempre lembradas, como várias doenças associadas, utilização de diversos medicamentos e alterações anatômicas e fisiológicas do envelhecimento que interferem no metabolismo e na
eliminação dos medicamentos. Por isso, os medicamentos devem ser prescritos com estreita observação dos efeitos colaterais e introduzidos em doses mais baixas, com aumento gradual de acordo com a resposta a terapêutica.

XII Congresso Brasileiro de Aterosclerose
Data: De 6 a 8 de agosto de 2009
Local: The Royal Palm Plaza Resort
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