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Suíça e Luxemburgo também dispostos a flexibilizar seu sigilo bancário
AFP
A Suíça anunciou que está disposta flexibilizar o sigilo bancário, ao informar nesta sexta-feira que aceita as normas da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), um dia depois que Andorra, Liechtenstein e Bélgica tomaram a mesma decisão.
Luxemburgo, por sua vez, se declarou disposto a flexibilizar seu sigilo bancário aceitando, em particular, o intercâmbio de informações com outros estados se houver a suspeita de fraude fiscal.
Com a aceitação das normas da OCDE, a Confederação Helvética se compromete a reforçar o intercâmbio de informações com outros países "caso por caso" e por "petição concreta e justificada", afirma o governo suíço em um comunicado.
A aplicação desta decisão será feita mediante acordos bilaterais sobre a duploa fiscalidade, enfatiza o comunicado.
Mas as autoridades suíças também enfatizaram que a aceitação dos padrões da OCDE não muda o sistema de sigilo bancário em vigor do país.
Segundo o ministro do Tesouro de Luxemburgo, Luc Frieden, seu país é favorável ao intercâmbio de informações através de petição, mas apenas nos casos precisos e com provas explícitas de suspeitas de fraude.
Na véspera, a Bélgica anunciou que vai suprimir seu sigilo bancário a partir do próximo ano com os outros países da União Europeia e, depois, adotará a medida com outros países de forma progressiva.
O fim do sigilo bancário não envolverá a Áustria.
As concessões chegam poucos dias antes da cúpula do G20 em Londres em 2 de abril, onde se espera que as grandes potências industrializadas e emergentes intensifiquem sua campanha contra os paraísos fiscais.