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Manifestantes fazem protesto contra governo em Belém

G1

Manifestantes protestam na manhã deste domingo (16) em Belém contra o governo federal. A mobilização foi feita pelas redes sociais e reúne cerca de três mil manifestantes, de acordo com a estimativa da organização, ou 1.200 pessoas de acordo com a Polícia Militar. Os manifestantes, acompanhados de sete trios elétricos, criticam os escândalos de corrupção da gestão pública e a crise econômica.

A concentração do evento começou por volta de 8h, com distribuição de adesivos na escadinha da Estação das Docas, um dos principais pontos turísticos de Belém. A marcha começou por volta de 9h15, quando o grupo saiu em marcha pelas ruas da cidade. Os manifestantes seguem pelas avenidas Presidente Vargas, Nazaré, Quintino Bocaiúva e Visconde de Souza Franco, encerrando a caminhada no ponto de origem.
De acordo com a professora Márcia Sarkis, organizadora do protesto, a mobilização de pessoas insatisfeitas com o governo é um processo democrático necessário. "É muito importante para o futuro do Brasil. Nós somos os pagadores de imposto, a opinião que tem que prevalecer é do povo, não de partidos. O que ocorre é um abuso de poder. Além dos impostos altíssimos, pagaremos a conta da corrupção até quando?", disse a professora, que pede a saída da presidente Dilma Rousseff do planalto. "Para nós pouco importa se seja renúncia ou cassação, o importante é que a presidente saia".

"Este é meu terceiro protesto. Desde a primeira manifestação estou aqui. Abracei esta causa porque sou um dos brasileiros indignados com a corrupção do país", disse o eletricista Orly Albuquerque.

O protesto tem participação de movimentos sociais como o Movimento Pela Vida (Movida). Tradicionalmente engajado em lutas contra a violência e criminalidade, o Movida acredita que a corrupção é responsável pela negação de direitos básicos do cidadão.

"A corrupção é um dos maiores males que temos na sociedade, e ela respinga em todos os segmentos, e é por esta razão que abraçamos esta causa. O governo está devendo no combate do tráfico e da entrada de armas, deixando as fronteiras livres. As coisas não funcionam a contento, e agora? A nossa legislação abandonou o cidadão de bem, estamos totalmente desamparados. Coitadas das vítimas, vão ser eternamente vítimas", disse Iranildes Russo, fundadora do Movida.

"O objetivo é justamente salvar o Brasil do desmando, do desgoverno. Não tem mais condições de ficar um governo que mente, que diz uma coisa e faz outra. A população não aguenta mais. Voltou o grande perigo que é a inflação, que atinge a sociedade mais humilde, cujos salários são corrompidos pela inflação", disse Benedita Socorro Alves, do Movimento das Mulheres do Brasil.
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