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Polícia investiga morte de bebê após médica recusar cesárea

G1

A Polícia Civil investiga a demora na realização do parto de uma mulher em Lençóis Paulista(SP). Daiene Cristina Rocha tinha indicação médica para realizar uma cesárea, mas, segundo ela, a médica que fez o atendimento no dia 11 de agosto no Hospital Nossa Senhora da Piedade a orientou a voltar para casa. No dia seguinte, ela voltou a procurar o hospital e a mesma médica teria, então, induzido o parto normal, mas o bebê já nasceu morto.

“Pra nós não há justificativa para que não tenha sido feito o parto no dia 11 à noite, quando a mãe foi ao hospital, haja vista que era uma gravidez de risco. E não havia nenhum motivo plausível para que essa mãe retornasse no dia seguinte, ou seja, fosse ter o parto mais de 12 horas após a ida dela ao hospital”, afirma o delegado Claudio Massa.

Ao descobrir que estava grávida, Daiene soube que tinha miomas, um tipo de tumor no útero. A gestante fez o pré-natal em Lençóis Paulista e em Bauru, já que a gestação era de risco. Daiene conseguiu um documento para realizar o parto em Lençóis Paulista.

Ela conta que por ser uma gestação de risco deveria ser submetida a uma cesariana, mas não foi isso o que aconteceu quando chegou ao hospital. “Ela falou que não ia fazer o parto que era de 40 semanas porque ela só fazia de 41. Ela me mandou pra casa para que no outro dia fosse induzido o parto normal.”

Daiene afirma que a médica que a atendeu a mandou voltar para casa. Na manhã seguinte ela foi novamente para o hospital, mas só no período da tarde entrou na sala de cirurgia. O parto foi problemático. Ela conta que a equipe médica ficou nervosa ao se deparar com a situação. “A anestesista começou a ajudar o médico a empurrar, eu não sei se isso é correto. Ai eu vi que eles ficaram muito nervosos. A anestesista falou: vamos sedar e ai eu já não lembro mais nada.”

A mãe de Daiene conta que a família ficou assustada ao perceber a demora no procedimento. A faxineira Maria de Fátima Rocha diz que recebeu a notícia de que o bebê teria nascido com o cordão umbilical enrolado ao pescoço. “Ele disse que tinha enrolado o cordão do umbigo no pescoço. Que ela havia não resistido e que tinha dado uma má formação da nenê.”

A direção do Hospital Nossa Senhora da Piedade foi procurada pela TV TEM, mas na recepção eles disseram que qualquer tipo de informação só pode ser passada pelo Departamento Administrativo que não funciona durante o fim de semana.
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