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Palmeiras supera "filme repetido" para bater o Cruzeiro; veja vídeos e análise

Globo Esporte

Um gol logo no início do jogo, um apagão no começo do segundo tempo e um final feliz.  A vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, fez o torcedor alviverde relembrar os 4 a 2 sobre o Flamengo, no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Com alterações táticas de Marcelo Oliveira, o Verdão superou a desorganização do meio-campo e se valeu de uma grande atuação do atacante Dudu para levar a Belo Horizonte a vantagem do empate para o jogo de volta. 

RAPIDEZ E PRECISÃO

Ainda em busca do ritmo ideal, o atacante paraguaio Lucas Barrios teve participação fundamental no primeiro gol palmeirense. Em contra-ataque rápido, ele desempenhou perfeitamente a função de pivô após lançamento do lateral Egídio e deixou Cleiton Xavier cara a cara com Fábio para abrir o placar aos sete minutos do primeiro tempo. 

ESPAÇOS NA DEFESA

O Cruzeiro, usando e abusando dos cruzamentos para a área, trocava passes e finalizava mais que o Palmeiras. O time mineiro terminou o jogo com 288 passes certos, contra 117 do Verdão. Além disso, chutou a gol 14 vezes, mais que o dobro dos donos da casa, que finalizaram em seis oportunidades. A falta de marcação dos volantes aumentava a carga sobre o ofensivo Lucas, e a lateral direita alviverde se transformou em uma avenida. 

PROBLEMA AINDA MAIOR

Quando Arouca sentiu dores no músculo posterior da coxa esquerda, Marcelo Oliveira teve de agir rápido. Optou por levar a campo Rafael Marques, recuando Zé Roberto para auxiliar Andrei Girotto como volante. Sem Gabriel, que só volta em 2016, o técnico palmeirense ganhou mais uma preocupação para a sequência do trabalho.

OOOPA!

Quem também se machucou foi Vanderlei Luxemburgo. Desprevenido à beira do campo, o treinador do Cruzeiro foi surpreendido por uma dividida ríspida entre Dudu e Charles, e acabou no chão após trombada do atacante do Verdão. Ele machucou o dedo mínimo da mão esquerda e teve de receber atendimento médico no banco de reservas.

FILME REPETIDO

Contra o Flamengo, há quatro dias, Ederson aproveitou o início sonolento do Palmeiras e empatou o jogo – até então vencido por 1 a 0 pelos donos da casa – aos cinco minutos de jogo. O Cruzeiro precisou de um minuto a menos que o time carioca: pelo pé esquerdo de Leandro Damião, em grande jogada construída por Fabrício, a Raposa igualou o marcador e fez jus à maior posse de bola que tinha na partida. Ao final do jogo, mesmo com a derrota, os mineiros controlavam o jogo em 59% do tempo.  

Antes do jogo, Marcelo Oliveira já havia destacado a importância de não sofrer gols, levando em conta a partida de volta. O chute de Damião parece ter acordado o Palmeiras. Com Zé Roberto movimentando-se muito e Dudu chamando a responsabilidade, o Verdão retomou as rédeas da partida. O cruzamento preciso do camisa 7 parou na cabeça de Rafael Marques, que empurrou para o gol e recolocou os donos da casa à frente. 

O poder de reação do Palmeiras, mostrado desde o Campeonato Paulista, nos primeiros meses do ano, é um trunfo para a equipe ficar com a vaga nas quartas de final daqui a uma semana, diante de um Cruzeiro preocupado com a incômoda 14ª colocação no Brasileiro. Os "apagões" das duas últimas partidas ligam o alerta: afinal, o time precisa estar pressionado pelo resultado adverso para se organizar em campo? Os próximos duelos, contra Atlético-MG e o próprio Cruzeiro, podem dar essa resposta. 
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